Mesmo com Exército, ES sofre com a violência e impasse com familiares de PMs
O Secretário de Segurança Pública do Espírito Santo garantiu que as famílias dos policiais militares que protestam em frente aos quartéis não serão retiradas à força do local, apesar de a Justiça considerar o movimento ilegal.
No entanto, André Garcia não poupou críticas à ação. Chegou a acusar os manifestantes de chantagear o Estado e manchar a história da corporação.
O secretário garante que mantém diálogo com as mulheres dos policiais para resolver o impasse. Qualquer versão diferente é mentirosa.
Os policiais militares vão recorrer da decisão que estabelece multa diária de R$ 100 mil caso não voltem a realizar patrulhas.
Para o presidente Associação de Cabos, Soldados da PM do Estado, Sargento Renato Martins, o governo prefere colocar a população contra o movimento do que estabelecer um diálogo. “A multa foi aplicada para tentar responsabilizar alguém. Nós não somos responsáveis. É preciso dialogar”, defendeu.
O Espírito Santo está sem PMs nas ruas porque familiares dos policiais bloqueiam as saídas dos batalhões. Eles pedem reajuste salarial para a categoria, que é proibida de fazer greve.
Desde sábado, o Estado do Espírito Santo vive uma onda de violência com mortes e assaltos. Centenas de estabelecimentos foram arrombados e saqueados.
Mil homens das Forças Armadas e 200 da Força Nacional de Segurança no Estado começaram a patrulhar as cidades do Estado. E, aos poucos, o comércio volta a abrir as portas.
O prejuízo, no entanto, pode ultrapassar R$ 4,5 milhões só na Grande Vitória e ameaça os pequenos empresários.
Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas e do Sindilojas da capital capixaba, Claudio Sipolatti, muitos vão abandonar o ramo, que já enfrentava turbulências com a crise.
Diversas escolas e postos de saúde ainda permanecem fechados. Já os ônibus voltaram a rodar nesta terça-feira (07) de forma parcial.
*Informações da repórter Carolina Ercolin
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