Mesmo com troca de bandeira vermelha para amarela, conta de luz continua alta

  • Por Jovem Pan
  • 02/03/2016 07h37
Marcos Santos / USP Imagens Rede de transmissão

 A redução na conta de luz, com a troca da bandeira vermelha para amarela, vai chegar a 6%, mas não vai aliviar os aumentos do último ano. O sistema de cobrança entrou em vigor em janeiro de 2015 e, pela primeira vez, o Governo troca a cor que indica o custo da produção. A intenção é desligar, neste mês, 21 usinas termelétricas, mais caras, do que as hidrelétricas.

O presidente da Associação Nacional dos Consumidores de Energia, Carlos Faria, considera a redução de 6% irrisória: “O consumidor ainda continua pagando uma conta altíssima, fruto de um problema nosso de planejamento. Nós não tínhamos usinas para atender a nossa demanda e hoje a queda do consumo é o que nos propicia essa redução”. Faria lembra que os reservatórios do Sudeste estão enchendo, o que favorece a geração mais barata da energia.

O presidente da Acende Brasil, Cláudio Salles, acredita que a conta de luz terá mais uma queda em abril: “Nós vamos ter agora essa redução da bandeira tarifária e isso vai ter um impacto estimando pela ANEEL em torno de 6%. Se nós tivermos a bandeira verde a partir de abril, como já foi antecipado, isso pode chegar a uma redução perto de 8%”. Salles lembra que para a indústria a redução é sempre menor na comparação com as residências.

Em 2015, os brasileiros pagaram cerca de R$ 14 bilhões a mais nas contas de luz devido à cobrança da bandeira tarifária.

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