Mesmo condenado, Gegê do Mangue não deve se entregar à Justiça, avisa defesa
Gegê do Mangue, um dos principais líderes do PCC, é condenado pelo Tribunal do Júri mas continua foragido. Rogério Jeremias de Simone, foi condenado a 47 anos de prisão por dois homicídios triplamente qualificados e associação criminosa.
Ele é acusado de ser o mandante da morte de dois traficantes em 2004, na região do Rio Pequeno, na capital paulista. As duas vítimas foram executadas porque mataram dois integrantes do PCC, facção a qual Gegê do Mangue é vinculado.
O dirigente do Primeiro Comando da Capital acompanhou o andamento desse tribunal do crime por telefone, de dentro da prisão de Presidente Venceslau.
O problema é que Rogério Jeremias de Simone pôde sair da cadeia porque a única prisão que ainda valia contra ele foi revogada no começo do ano. Ele deveria ter comparecido a uma audiência desse julgamento em 20 de fevereiro, mas não deu as caras e está foragido desde então.
O advogado dele, Isaac Minichillo de Araújo disse que agora é que ele não deve aparecer mesmo. “Ah, vai esperar os recursos. Ele ficou preso muito tempo, ininterruptamente. De repente já se coloca em julgamento isso. Agora ele não vai se entregar. Sou contra ele se entregar, acho a decisão, com todo respeito, injusta”, afirmou.
A defesa afirmou ainda que vai recorrer contra a condenação alegando que a principal prova, uma escuta telefônica era irregular.
O promotor Rogério Leão Zagallo, por outro lado, considerou que a sentença foi adequada: “com a condenação e a pena expressiva, a Promotoria sai daqui satisfeita”.
Além de Gegê do Mangue, Abel Pacheco de Andrade, conhecido como Vida Loka, deve ser julgado por participação no mesmo caso. Vida Loka está preso e deve ir ao banco dos réus no mês que vem.
Ele e Gegê do Mangue fazem parte da Sintonia Final Geral, a cúpula do Primeiro Comando da Capital.
*Informações do repórter Tiago Muniz
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