Meta fiscal do ano que vem pode ter déficit de até R$ 170 bilhões
![EFE/Fernando Bizerra Jr.](https://jpimg.com.br/uploads/2017/04/2956253380-fotos-henrique-meirelles-ministro-da-fazenda-efe-3297478119.jpg)
O Governo federal negou divergências entre as áreas política e econômica e fechou os últimos detalhes para anunciar a meta fiscal de 2017. O tamanho do déficit nas contas públicas no ano que vem deve ficar entre R$ 130 bilhões e R$ 170 bilhões, de acordo com as projeções.
A ala política defende um rombo igual ao previsto em 2016, de R$ 170 bilhões, enquanto a equipe econômica é favorável à redução desse montante. Foi adiada para esta quinta-feira (06) a reunião que definiria a previsão do rombo nas contas públicas.
Nesta terça-feira, o ministro da Fazenda afirmou que a criação de novos impostos está sendo considerada para aumentar a arrecadação.
Apesar das discordâncias internas, Henrique Meirelles garantiu à repórter Luciana Verdolin que o Governo está unido em busca de um número realista. “Estamos fazendo os cálculos visando a divulgar a meta menor possível, porém a realista e crível”, disse.
O ministro do Planejamento esteve em São Paulo reunido com empresários do setor de infraestrutura na Fiesp e comentou a polêmica envolvendo a meta. Dyogo Oliveira ressaltou ao repórter Anderson Costa que não há espaço para criatividade fiscal e é preciso manter os pés no chão: “temos trabalhado de maneira muito acutelosa e realista. Isso trará, ao longo do tempo, confiança e credibilidade ao Governo”.
Para o ministro, a meta de 2017 vai trazer segurança aos agentes econômicos de que o País tem uma programação fiscal saudável.
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, defendeu o ajuste fiscal desde que não represente aumento de impostos: “aumentar imposto em cima de empresas que estão parando, ou pararam ou outras que estão apertadas em momento como esse, é esfriar a economia”.
A expectativa é que a meta fiscal para 2017 seja anunciada pela equipe econômica do governo Temer até esta quinta-feira (07). Na segunda-feira, o presidente em exercício disse em São Paulo que “medidas impopulares” poderão ser adotadas.
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