Meta fiscal do ano que vem pode ter déficit de até R$ 170 bilhões

  • Por Jovem Pan
  • 06/07/2016 09h52
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EFE/Fernando Bizerra Jr. Fotos Henrique Meirelles - ministro da Fazenda - EFE

O Governo federal negou divergências entre as áreas política e econômica e fechou os últimos detalhes para anunciar a meta fiscal de 2017. O tamanho do déficit nas contas públicas no ano que vem deve ficar entre R$ 130 bilhões e R$ 170 bilhões, de acordo com as projeções.

A ala política defende um rombo igual ao previsto em 2016, de R$ 170 bilhões, enquanto a equipe econômica é favorável à redução desse montante. Foi adiada para esta quinta-feira (06) a reunião que definiria a previsão do rombo nas contas públicas.

Nesta terça-feira, o ministro da Fazenda afirmou que a criação de novos impostos está sendo considerada para aumentar a arrecadação.

Apesar das discordâncias internas, Henrique Meirelles garantiu à repórter Luciana Verdolin que o Governo está unido em busca de um número realista. “Estamos fazendo os cálculos visando a divulgar a meta menor possível, porém a realista e crível”, disse.

O ministro do Planejamento esteve em São Paulo reunido com empresários do setor de infraestrutura na Fiesp e comentou a polêmica envolvendo a meta. Dyogo Oliveira ressaltou ao repórter Anderson Costa que não há espaço para criatividade fiscal e é preciso manter os pés no chão: “temos trabalhado de maneira muito acutelosa e realista. Isso trará, ao longo do tempo, confiança e credibilidade ao Governo”.

Para o ministro, a meta de 2017 vai trazer segurança aos agentes econômicos de que o País tem uma programação fiscal saudável.

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, defendeu o ajuste fiscal desde que não represente aumento de impostos: “aumentar imposto em cima de empresas que estão parando, ou pararam ou outras que estão apertadas em momento como esse, é esfriar a economia”.

A expectativa é que a meta fiscal para 2017 seja anunciada pela equipe econômica do governo Temer até esta quinta-feira (07). Na segunda-feira, o presidente em exercício disse em São Paulo que “medidas impopulares” poderão ser adotadas.

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