Meta fiscal para 2017 deve chegar a R$ 155 bilhões

  • Por Jovem Pan
  • 07/07/2016 08h41
Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas dinheiro - Fotos Públicas

Governo federal deve anunciar nesta quinta-feira (07) a meta fiscal para 2017. A expectativa é que o rombo nas contas públicas fique entre R$ 150 bilhões e R$ 155 bilhões, pouco abaixo do valor desse ano, de R$ 170 bilhões.

A definição da meta fiscal ainda divide os núcleos político e econômico do Governo Michel Temer. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já demonstrou preocupação com o tema e afirmou que é preciso atingir o menor número possível.

Para conseguir essa redução, o Planalto não descarta elevar impostos e prepara ainda um plano de privatizações.

Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, lembrou que é preciso manter os pés no chão: “nós só saberemos efetivamente em novembro o impacto da repatriação, porque não há como fazer acompanhamento e estimativa. A meta de R$ 170 bilhões é bastante realista que reflete um comportamento que tem sido muito ruim do lado da receita”.

Questionado sobre a meta fiscal do próximo ano, o ministro se limitou a dizer que o número será menor que o de 2016. Dyogo Oliveira chamou de aceitável o impacto do reajuste salarial do judiciário em R$ 68 bilhões de reais: “diante do fato de que há um processo de ajuste dessa despesa há vários anos, esse impacto eu acho que é razoável”.

Durante a audiência na Comissão de Assuntos Econômicos, o ministro Dyogo Oliveira voltou a defender o controle das despesas.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, apareceu de surpresa à sessão e pediu esforço e rapidez para votar medidas do ajuste fiscal. “Nós só vamos funcionar até o dia 13. Isso é muito importante para o Brasil e temos que deliberar sobre matérias. Não são impopulares, mas necessárias para o Brasil, que com coragem precisam ser enfrentadas”, disse.

Renan Calheiros defendeu, por exemplo, a aprovação do imposto sobre doações e heranças.

Na sessão do Senado, parlamentares favoráveis a Dilma Rousseff atacaram o ajuste fiscal proposto pelo presidente interino Michel Temer.

Entre as medidas desse controle de gastos defendido pelo governo, está a elevação do PIS/Cofins e da Cide, contribuição sobre os combustíveis. Para evitar que o déficit de 2017 passe dos 190 bilhões de reais, a equipe econômica analisa um pacote de concessões e a venda de dívidas da União.

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