“Minha filha foi vítima de homicídio”, diz pai de aluna morta em excursão

  • Por Jovem Pan
  • 12/07/2016 11h03
Reprodução/Facebook Victoria Mafra Natalini - REP

A investigação da morte da jovem Victoria Mafra Natalini, de 17 anos, em uma fazenda de Itatiba, interior de São Paulo, no ano passado, passa por uma reviravolta. Novo laudo do Centro de Perícias da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo aponta que Victoria pode ter sido assassinada.

A conclusão é de que Victoria morreu por “asfixia mecânica, na modalidade de sufocação direta”. Essa informação diverge do laudo da época, emitido pelo Instituto Médico Legal de Jundiaí, que não conseguiu determinar a causa da morte.

O incidente ocorreu durante uma excursão escolar em que Victoria participava com outros 33 alunos e professores. A jovem fazia um trabalho de campo em uma fazenda, quando pediu para ir ao banheiro e não foi mais vista.

Apenas no dia seguinte, quando o helicóptero da Polícia fazia buscas, a jovem foi encontrada morta.

O novo laudo foi solicitado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa de São Paulo, que assumiu o caso em março.

O pai de Victória, João Carlos Siqueira Natalini contratou peritos particulares para analisar o caso e a conclusão também é de que a estudante foi assassinada.

“A junta de legistas que nos apoiou pelo lado do IML de SP e do DHPP, que concluiu também e veio ao encontro do lado dos nossos legistas. Para nós está caracterizado que minha filha foi vítima de um homicídio”, disse

João Carlos disse que, em nenhum momento, desconfiou que alguém pudesse tentar matar sua filha. “Não imagino ninguém que quisesse causar qualquer tipo de mal a Victória. Todos que estavam naquela fazenda são suspeitos”, alegou.

O pai de Victória acredita que a escola Waldorf Rudolf Steiner, onde a jovem estudava e responsável pela excursão, deve responder pela morte de sua filha. “Já existem elementos para eles chegarem a um indiciamento a escola e aos que estavam lá, porque refutamos que existiu uma culpa do que aconteceu com a minha filha, por falta de zelo, negligência”.

Em nota, a escola lamenta o ocorrido e reafirma que contribuiu e segue contribuindo com as investigações, colocando-se à disposição e fornecendo prontamente todas as informações solicitadas.

A escola ainda diz que desenvolve atividades curriculares externas há mais de quatro décadas, sem ter registrado incidentes como o ocorrido, e que em todas atividades disponibiliza equipes de profissionais capacitados para atender às necessidades de seus alunos.

*Informações do repórter Fernando Martins

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.