Ministério Público denuncia executivos da JBS e do Banco Rural

  • Por Jovem Pan
  • 27/01/2016 11h26
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Brasil, São Paulo, SP. 14/03/2011. Coletiva com Joesley Batista, presidente da JBS Friboi, sobre uma aquisição do grupo fora do setor de carnes. A JBS é líder em carne bovina no mundo. - Crédito:AYRTON VIGNOLA/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Codigo imagem:100661 AYRTON VIGNOLA / AGÊNCIA ESTADO Joesley Batista

 O Ministério Público Federal denunciou o presidente da JBS, Joesley Batista, por crime contra o sistema financeiro. O procurador Silvio Luís Martins de Oliveira afirma que os executivos são acusados por operações ilegais de concessão de empréstimos no valor de R$ 80 milhões: “É um empréstimo vedado pela lei 7492-86 entre as empresas controladas e controladoras. No caso dessa denúncia, o banco rural fez um empréstimo para a empresa controladora do Banco Original do Agronegócio, que é uma empresa do grupo JBS, e o Banco Original por sua vez fez um empréstimo para a empresa controladora do Banco Rural, que é a empresa Trapézio. Na verdade é uma dissimulação no sentido de burlar o que a lei estabelece”.

Foram denunciados Joesley Batista, presidente do conselho de administração da JBS, controlada pela J&F, da qual também é presidente, e João Heraldo dos Santos Lima, presidente do Banco Rural, por crime contra o sistema financeiro e outros sete executivos.

O procurador explicou como será o encaminhamento da ação: “Normalmente isso é feito no sentido de dar alguma conotação contábil às empresas, para aparentar uma saúde financeira que talvez elas não ostentassem naquele momento, mas isso não foi esclarecido. A denúncia foi recebida, os nove réus vão ser intimados para apresentarem suas respostas à acusação e, quando apresentadas, o juízo vai avaliar o que eles têm a dizer. Se concordar com os réus, eles serão absolvidos sumariamente, se não concordar, achar que a denúncia tem fundamento, dará seguimento ao processo. Existe um processo administrativo no Banco Central que prevê advertência, multa, suspensão ao exercício do cargo, inabilitação para operação financeira e há sanções de natureza penal, que são 2 a 6 anos de reclusão, além de multa”.

Além de Joesley Batista, o Ministério Público Federal também denunciou a presidente da Trapézio, Kátia Rabello, executiva condenada no processo do mensalão.

Informações de Marcelo Mattos

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