Ministro da Justiça não descarta “possibilidade” de atentado no Rio-2016
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, reiterou que a segurança nas Olimpíadas no Rio de Janeiro está garantida, mas não descartou a possibilidade de acontecer um atentado terrorista.
Em resposta ao chefe da estratégia da ONU para o Combate ao Terrorismo, o ministro destacou que ele diz o “óbvio do óbvio” ao declarar que o Brasil corre o risco de ser alvo de ataques.
“As pessoas não querem se comprometer e dizem o óbvio. O Brasil pode sofrer um atentado terrorista, assim como em qualquer outro lugar do mundo. Se trabalha com a ideia de possibilidade. Mas hoje, todas as informações, de todas as agências de segurança, mostra que não há nada de probabilidade que leve a crer que está sendo organizada alguma coisa (…) Até esse momento não há nada de probabilidade mas, assim como em qualquer lugar do mundo, não é possível dizer que há impossibilidade”, declarou.
Com recorrentes casos de violência no Rio de Janeiro, Alexandre de Moraes destacou o contingente que será utilizado para garantir a segurança aos atletas, turistas e população durante os Jogos. “Eu garanto que a segurança será boa. Assim como na Copa em 2014 havia ansiedade em relação à segurança, será a mesma coisa no Rio de Janeiro”, disse.
Terrorista sírio procurado
A companhia aérea Avianca divulgou um boletim de segurança no início do mês alertando para uma possível fuga de um terrorista sírio ao Brasil. Jihad Ahmad Diyab é ex-presidiário de Guantánamo e havia sido acolhido no Uruguai como refugiado.
O ministro da Justiça confirmou que não há a comprovação de que Diyab esteja no Brasil. “O Uruguai informou que ele teria saído de lá, mas não temos a comprovação de que esteja no Brasil. Não ingressou no Brasil”, garantiu.
Controle de fronteiras
Alexandre de Moraes destacou o trabalho para instalação de equipes de inteligência em São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná. Os dois primeiros por serem grandes consumidores de drogas e o restante por fazerem fronteira com Paraguai e Bolívia e, assim, serem porta de entrada para maconha, cocaína e armas.
“Vamos poder chamar policiais militares inativos até cinco anos, para que possa formar a força nacional de 10 mil homens para atuar nas fronteiras”, explicou.
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