Ministro da Saúde afirma que “pílula do câncer” poderá ser distribuída pelo SUS
O novo ministro da Saúde afirmou que a pílula do câncer poderá ser distribuída pelo SUS, mas somente se eficácia for comprovada pela Anvisa. Ricardo Barros esteve nesta segunda-feira (16) na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em reunião com representantes da área médica. O uso da fosfoetanolamina foi autorizado após a presidente Dilma Rousseff sancionar lei que liberava o produto, mesmo sem um parecer do órgão regulador.
Ricardo Barros ressaltou a Anderson Costa que pediu para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária acelere os testes: “Eu pedi agilidade à Anvisa. Precisamos rapidamente aprovar medicamentos novos, princípios ativos e a Anvisa precisa garantir mais agilidade, com segurança e proteção ao consumidor”. O medicamento é apontado como cura para diversos tipos de tumores, mas ainda não foi submetido a testes de eficiência no combate à doença.
O secretário estadual de Saúde de São Paulo, David Uip, explica que houve um problema e dá o prazo para conhecer a eficácia da pílula do câncer: “O laboratório se compromete a entregar rapidamente as especificações. Vamos encapsular muito rapidamente e, assim que encapsular, começamos os testes. No prazo de seis meses teremos os resultados”. Uip afirmou que vai se reunir novamente nos próximos dias com o ministro da Saúde para tratar do assunto.
Na semana passada, Barros destacou que, na pior das hipóteses, o produto pode ter o efeito placebo e complementou que “a fé move montanhas”. Ainda nesta segunda-feira, o novo ministro da Saúde afirmou, em entrevista à Folha de São Paulo, que é preciso rever o tamanho do SUS. Ricardo Barros alertou que uma hora pode faltar dinheiro para sustentar a rede pública de Saúde e os demais direitos básicos da população brasileira.
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