Ministro da Saúde pedirá atualização de DataSUS em troca de recursos

  • Por Jovem Pan
  • 19/07/2016 08h07
Brasília - O ministro da Saúde, Ricardo Barros, concede sua primeira entrevista coletiva à imprensa sobre assuntos relacionados à pasta (Wilson Dias/Agência Brasil) Wilson Dias/Agência Brasil Ministro da Saúde

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, planeja obrigar municípios e entidades filantrópicas de todo País a atualizar o DataSUS, um banco de dados já dispovível, mas que é sub utilizado pelas Prefeituras.

Ao abastecer o DataSus, o Governo diz ganhar meios de fazer planejamento e gestão mais eficiente dos recursos, além de evitar fraudes.

A moeda de troca, segundo o ministro, é o dinheiro federal que subsidia a saúde das cidades. Sem informação, a torneira pode secar. “Como refazemos repasses de recursos permanentemente, eles, para receberem o recurso, tem que nos fornecer as informações. Transparência contra fraude. Então, muitas vezes não recebemos informações, porque não interessa as pessoas mostrar o que está acontecendo, porque vai impedir que alguns desvios aconteçam”, disse o ministro.

Ricardo Barros, que cumpriu agenda de eventos em São Paulo, afirmou desconhecer atrasos no repasse de recursos federais prometidos para financiar a vacina da zika pelo Instituto Butantan.

“Estou indo fazer o último repasse ao final do mês de R$ 33 milhões para dengue. A do zika não tenho informação sobre o atraso no repasse”, disse.

A presidente Dilma Rousseff prometeu na capital paulista, R$ 100 milhões para financiar a vacina da dengue e outros R$ 8 milhões para o desenvolvimento de um soro para combater o vírus que causa microcefalia em bebês, especialmente em grávidas.

O verão passou e o dinheiro para o zika até hoje não chegou. Apesar de negar o atraso, o ministro da Saúde admitiu que dá preferência aos estudos mais avançados, como o em parceria com os Estados Unidos. “Queremos utilizar a tecnologia que está mais avançada porque temos urgência em proteger a população, mas não há privilégio de nenhuma parte”.

A vacina do Instituto Evandro Chagas e a Universidade Medical Branch do Texas, estará disponível para os testes pré-clínicos (em primatas e camundongos) em novembro.

Sobre dizer que os pacientes que procuram atendimento da rede publica apenas imaginam estar doentes, na semana passada, Ricardo Barros reafirmou que foi mal interpretado pela reportagem.

*Informações da repórter Carolina Ercolin

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