Ministro diz que concorrentes do Brasil vão aproveitar Carne Fraca: “mercado é feito na cotovelada”
Apesar da reabertura dos mercados chinês, chileno e egípcio, anunciados neste sábado (25), o ministro da Agricultura e Pecuária Blairo Maggi (25) ainda avalia que haverá um baque na concorrência internacional da carne brasileira, porque “o mercado é feito na cotovelada”. A expectativa é de que outros países barganhem para diminuir o preço de compra do produto e tentem ocupar o espaço deixado pelo Brasil na crise.
Maggi avalia que “certamente” a imagem negativa da Operação Carne Fraca repercutirá nos preços de exportação, mas acredita que “agora é mala nas costas” para visitar as nações e reconquistar a confiança internacional.
“É assim que funciona o mundo. A Organização Mundial do Comércio não permite que não se compre o produto de alguém desde que ele tenha qualidade e preencha todos os requisitos; então o mercado é aberto, livre. Porém a única forma de discutir no alimento é discutir qualidade, sanidade dos produtros”, explicou o ministro.
“E sempre são utilizados esses quesitos (de saúde). Um probleminha muito pequenininho aqui, outro muito pequenininho ali, servem para suspender o desembarque de algumas mercadorias e para ganhar preço, para não deixar que o preço suba muito”, projetou Maggi.
“É comum isso, normal. O mercado não é feito com anjinhos, ele é feito na cotovelada, buscando espaços. O mundo produz muito e temos muitos concorrentes mundo afora, que, certamente, vão se aproveitar desse momento de fragilidade que nós mesmos, brasileiros, acabamos construindo”.
O minisitro da Agricultura e Pecuária concluiu: “agora é mala nas costas, caminhar, voltar a visitar os países, o governo como parte oficial e os empresários como parte interessada, como comércio, de tentar reconquistar esses mercados que a gente está perdendo nesse momento”.
Ouça a entrevista completa AQUI.
O ministro ainda informou que reunirá os 27 superintendentes estaduais do ministério da Agricultura na segunda-feira (27) “deixar tudo a pratos limpos” em relação a eventuais casos de corrupção. Maggi assegurou também que o consumidor brasileiro pode consumir carne nacional sem medo. “Se tiver algum problema liga para mim aqui que eu vou socorrer”, brincou.
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