Montadoras ampliam exportações para compensar queda nas vendas
Montadoras brasileiras buscam ampliar exportações para compensar perdas com a queda nas vendas no mercado interno. Com o dólar em alta, as vendas externas cresceram 19% em 2015. A exportação de 370 mil veículos está longe de ser uma solução para a crise, mas representa uma alternativa para as fábricas.
O presidente da Anfavea, Luiz Moan, diz a Marcelo Mattos, que é hora do governo federal resolver as crises política e econômica: “A separação das questões políticas e das decisões econômicas: vamos tratar as questões políticas no seu devido tempo, com a maior celeridade possível, mas a economia não suporta mais não ter a adoção das medidas necessárias para o ajuste macroeconômico”.
As montadoras reclamam da alta carga tributária e da falta de infraestrutura no Brasil. Em 2015, 835 concessionárias de veículos fecharam no país, ressalta o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior: “Nós voltamos em volume há 9, 10 anos, e em resultado, há 20 anos. Nessa configuração, de quem está entrando e quem deixou de operar, esse saldo é o pior dos últimos 20 anos”.
Em um reflexo direto da retração da economia, o setor de caminhões foi o mais atingido. O diretor da Mercedes-Benz, Luiz Carlos Moraes, calcula que a queda nas vendas chegou a 50% e avalia que a recuperação será complicada: “Vai depender um pouco da questão do ajuste fiscal e vai depender também do PIB ter algum sinal de melhora. Então estamos vendo um ano de 2016 ainda muito difícil”.
O acordo com o Uruguai, embora seja considerado modesto, no volume de compra de veículos, é importante para um novo modelo nas negociações. O setor automotivo não é contemplado pelas regras de livre ¬comércio do Mercosul, e as tratativas são feitas separadamente entre os países.
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