Moradores do Jardim Guedala pedem revisão de alvará para obra em área de preservação ambiental

  • Por Jovem Pan
  • 12/04/2017 07h54
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Reprodução Moradores do Jardim Guedala pedem revisão de alvará para obra em área de preservação ambiental

Associação de Moradores do Jardim Guedala, zona Oeste de São Paulo, luta para manter preservação de área verde do bairro.

No entanto, o sonho de ter o pulmão verde respirando na vizinhança corre risco por conta de um empreendimento que está para ser construído no local.

Rodrigo Bresser, presidente da Associação, explica que a Câmara Municipal votou pela preservação da área, mas o ex-prefeito Fernando Haddad, no último dia de sua gestão, assinou autorização para a obra.

Há dois anos o grupo deseja a criação efetiva do Parque Caxingui neste espaço de Mata Atlântica com 36 mil metros quadrados, córrego e afluente limpos e área plana.

Segundo Rodrigo Bresser, o empreendimento trará sérios problemas pelo adensamento populacional, o que impactará no trânsito, serviços e meio ambiente.

A Associação de Moradores do Jardim Guedala tem laudos que comprovam a necessidade da preservação de toda a área.

Este mês, inclusive, começou a correr Ação Civil no Ministério Público, que pediu paralisação da obra.

No entanto, o mérito da questão ainda será julgado e o apelo para a atual gestão é pelo cancelamento do alvará.

Por nota, a Prefeitura de São Paulo informa que o pedido de alvará foi protocolado no dia 8 de dezembro de 2015, quando a antiga lei de zoneamento, de 2004, ainda estava em vigor.

Ainda segundo a prefeitura, apenas a nova lei de zoneamento, de 2016, demarcou toda a área como Zona de Proteção Ambiental.

Mesmo assim, o processo é analisado de acordo com as regras da legislação que estava em vigor na época do protocolo.

A prefeitura ainda reitera que a aprovação da obra não ameaça a implantação do Parque Linear do Caxingui. É o que reforça o advogado Marcelo Thiollier, proprietário da área em questão, afirmando que o empreendimento usará menos de um terço do terreno e o parque está garantido.

Segundo o proprietário, de tradicional família francesa radicada em São Paulo, o espaço destinado ao parque é equivalente a quatro parques Mario Covas, área que já pertenceu a sua família, em plena Avenida Paulista, esquina com a Rua Ministro Rocha Azevedo, ou ainda, equivalente a meio Parque Trianon, localizado na mesma via.

A Cury Construtora, responsável pelo empreendimento, também em nota afirmou que a obra está enquadrada dentro do Plano Diretor e das exigências legais.

A empresa garante que haverá doação de 51,78% da área original para o Parque Linear Caxingui, e que plantou mais de mil mudas no local.

Por fim, a construtora diz que ainda não começou a construção por aguardar decisão final do Judiciário.

Confira a reportagem completa de Fernando Martins:

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