Amyr Klink lamenta falta de estrutura marítima no Brasil: "virou as costas ao mar"

  • Por Jovem Pan
  • 08/08/2016 12h00
Johnny Drum/Jovem Pan

Amyr Klink é uma lenda entre os velejadores que se arriscam pelos mares e oceanos de todo o mundo. Nesta segunda-feira (8), o paulistano esteve no Jovem Pan Morning Show e contou sobre as suas expedições para a Antártida e costas africanas, além de lamentar o fato do Brasil ter “virado as costas para o mar”, trabalhando bem pouco o turismo marítimo no país.

Formado em economia pela Universidade de São Paulo (USP), Klink afirma que o Brasil é um dos países que menos investe em marinas em todo o mundo. Ele ressalta que pequenas cidades como Mallorca na Espanha faturam alto com o turismo na região por conta das operações de charter e regiões marítimas daqui não sabem aproveitar isso.

“É muito bacana viajar pelo Brasil, mas não tem marinas. O país que tem menos estrutura para isso se chama Brasil. Parece um lugar que virou de costas para o mar”, disse. “Cidades pequenas faturam muito com esse tipo de turismo e nem o Rio de Janeiro conta com operações de charter por aqui”, completou.

Klink já conheceu todos os perigos do mar e garante que essa vontade de se arriscar veio da dúvida que as pessoas próximas a ele tinham de que ele voltaria vivo para os braços da família. Com muitas milhas no currículo, o explorador revelou que a corrupção atinge até quem busca se isolar no oceano.

O navegador lamentou não poder mais passar pela Argentina por conta de funcionários balneários que tentam extorquir dinheiro dele para poder passar pela costa do país. Ele também trouxe à tona o grande problema que o mundo enfrenta com piratas na região da África.

“A burocracia e corrupção argentinas estão incomodando as minhas viagens. Você chega de uma viagem terrível de 4 meses e vem um patrulheiro pedindo propina para passar no porto. É lamentável”, contou.

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