Anita Garibaldi é a heroína com a "mentalidade" ideal para os tempos de hoje, crê Thales Guaracy

  • Por Jovem Pan
  • 10/04/2017 11h47
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Johnny Drum/ Jovem Pan

Em tempos de discussão sobre assédio e violência contra a mulher, o jornalista Thales Guaracy mergulhou na história de Anita Garibaldi e escreveu o livro “Anita – Um Romance Sobre a Coragem”. Em conversa no Jovem Pan Morning Show desta segunda-feira (10), o escritor defendeu a heroína como exemplo a ser seguido nos movimentos pelos direitos femininos.

“Anita foi uma feminista muito antes do feminismo. Ela representa bem esses ideais de luta pela liberdade pessoal e política no momento em que as mulheres reivindicam seus direitos”, opinou. “O desejo da liberdade a movia e ela exercia isso ao pé da letra, até o extremo”, explicou o jornalista.

Foi o desejo de liberdade que fez Anita se lutar em guerras como um dos soldados. “Ela era reconhecida pelos homens como igual e era uma liderança. Ela não pensava em si como mulher na hora de defender seus direitos”, falou Guaracy.

“Anita era uma raridade. A maioria das mulheres que seguiam o exército eram prostitutas e ela se sentia próxima da guerra”, afirmou o jornalista.

Guaracy contou que o que motivou a escrever sobre a história de Anita foi a relação da heroína com Giuseppe Garibaldi. “Para mim, Garibaldi é o mais fascinante personagem e o mais heroico (…) queria entender qual companheira servia para esse homem aventureiro”, falou.

De acordo com o jornalista, o relacionamento dos dois foi algo tão intenso que eles sequer falavam sobre isso. “Garibaldi não falava de Anita nem das coisas que aconteciam entre eles. Ele se recusava a dar entrevista sobre ela porque ela era tão importante que ele não podia falar. Ele achava que ela era melhor do que ele”, afirmou.

Para Guaracy, as ideias de Anita estão extremamente associadas com as dos movimentos feministas de hoje, motivo pelo qual a heroína deve ser um exemplo a ser seguido.

“Anita plantou algumas sementes, como a ideia de liberdade”, disse Guaracy ao definir heroína como uma “personagem que ultrapassa fronteira e tempo”. “Ela teve uma mentalidade que serve como direito para hoje”, defendeu.

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