Band parece querer transformar MasterChef em programa de pegadinhas repetida

  • Por Jovem Pan
  • 24/08/2016 09h42
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Divulgação/Carlos Reinis/Band

Demorou, mas acabou. A terceira temporada do “MasterChef Brasil” ficou cinco meses no ar. Cinco meses. Estamos falando de um tempo em que não existia Pokémon Go, MC Biel ainda era famoso e Dilma era presidente do Brasil. 

Foi muito tempo de programa mesmo, o que ajudou para um certo desgaste do maior sucesso da Band. A emissora empolgada com os números e repercussão das edições anteriores, resolveu aumentar seu tempo de exibição no ar e o que vimos foi uma atração arrastada e difícil de acompanhar. 

Para piorar, mesmo com o excessivo número de 21 participantes – fora as audições – os candidatos a melhor cozinheiro amador do Brasil, não tinham carisma e apelo diante do público. Ninguém foi muito amado e nem muito odiado. E isso é não é bom. De qualquer forma, o “MasterChef” teve o atrativo de seus jurados, que nesta edição, foram fundamentais para o bom andamento. Paola Carosella, Erik Jaquin e Henrique Fogazza se equilibram muito bem e proporcionam os melhores momentos do reality.

A final teve dois participantes mornos. O vencedor, o empresário Leonardo Young, de 30 anos, sempre se mostrou muito correto, educado e só teve a torcida da internet, porque convenhamos, Bruna era muito chata, meio falsiane, se achava a maior confeiteira do Brasil mesmo não acertando um doce no programa e ainda dava nome para os bichos que eram cozinhados. Preguiça.

Mas tirando os doces, Bruna foi mais eficiente na cozinha do que Leonardo durante a temporada. A estrategista mineira ficou 10 vezes entre os melhores e só uma vez entre os piores. Já Leo, passou por 14 provas de eliminação. Mas nos pratos finais, ele conseguiu se destacar contra a adversária que errou adivinhem onde: na sobremesa.

O prato do paulista que rendeu um prêmio de R$ 150 mil e um carro zero quilômetro foi um carpaccio de vieira e rabanete, barriga de porco ao molho missô e ovos nevados com creme inglês de matchá. O cozinheiro ainda ganhou uma bolsa de estudos na escola Le Cordon Bleu Paris, um kit completo de panelas, facas e eletroportáteis e R$ 1 mil durante um ano para fazer compras em uma rede de supermercado. 

O anúncio do vencedor demorou tanto quanto o programa. Além do horário sacrificante, passando da uma hora da manhã – geralmente vai até 00h40 – foi feita uma ação com o Twitter para divulgar o nome do campeão. A iniciativa foi até legal, mostrou tweets que bombaram durante esses meses, mas repito: o tempo no ar foi torturante. Mais do que a contagem regressiva de Ana Paula Padrão. 

Em termos de audiência, o “MasterChef Brasil” teve uma média interessante. Alcançou a liderança em algumas semanas. Acredito que ainda no embalo do sucesso das outras temporadas. Mas o desgaste e o interesse do público foi nítido. E olha que em outubro a emissora exibe o “MasterChef Profissionais”. Apesar de diferente, pode ser um tiro no pé do canal que parece querer passar seu principal produto como passa pegadinhas repetidas.

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