Bruxo Mabo Banthu vê Brasil intolerante: "parece que vivemos na Inquisição"

  • Por Jovem Pan
  • 31/10/2016 11h43
Reprodução/Youtube

Chegamos ao último dia do mês de outubro e com ele o famoso Halloween, conhecido no Brasil como o Dia das Bruxas. Para celebrar a data, o Jovem Pan Morning Show trouxe o bruxo Mabo Banthu ao programa desta segunda-feira (31) para falar sobre a história da data e o panorama atual da magia e bruxaria no Brasil.

O mago vê o país caminhando para uma era de preconceito com religiões africanas como o umbanda e candomblé e vê a intolerância das pessoas, que se apegam a mitos propagados durante séculos, parecida como na época da Inquisição, quando a igreja caçava pessoas consideradas pagãs e as condenavam a morte.

“O Brasil tem mudado para pior. Em pleno século XXI, a intolerância é enorme, principalmente com umbanda e candomblé. Na época dos militares eu fui perseguido, mas hoje em dia vemos a intolerância na mídia, pois religiões tomaram conta desses veículos. Ninguém pode falar nada, você tem apenas uma opção. Hoje em dia tem intolerância sobre esses mitos, parece que vivemos a época da inquisição e caça às bruxas”, comentou.

Com um grande conhecimento passado de geração para geração nos últimos 800 anos, Banthu desmistifica as histórias sobre magia negra e garante que isso não existe. Ele afirma que o bem e o mal está dentro de todas as pessoas e que a magia só trabalha com as forças da natureza.

“Não existe magia branca e negra. O bem e o mal está em cada um de nós. O que pode me fazer bem, pode te fazer mal, por exemplo. A magia trabalha com as forças da natureza, o equilíbrio total”, explicou.

Bruxo mais reconhecido do Brasil, Mabo Banthu revelou ter tido muitos clientes famosos durante a sua carreira. Sem revelar nomes, ele contou que eles são pessoas como qualquer uma outra, que conta com muitos problemas em suas vidas pessoais e que procuram algum tipo de ajuda para atingir a felicidade.

“Famosos são gente como a gente. Eles têm problemas familiares e de amor. Eles não pedem só fama, eles são pessoas normais que possuem problema de desordem e precisam de apoio espiritual”, disse. “Políticos só lembram que existem magia na época de eleição”, completou.

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