Campanhas pró-feminismo são "começo da discussão", afirmam escritoras
O ano de 2015 trouxe à tona a discussão sobre o feminismo sob uma ótica que não havia sido vista. Campanhas nas redes sociais como #MeuPrimeiroAssédio e #MeuAmigoSecreto impulsionaram a reflexão e, muitas vezes, guerra virtual. De qualquer forma, passos importantes em direção ao respeito a mulher foram dados.
No Morning Show desta quarta-feira (23), as escritoras Clara Averbuck e Mariliz Pereira Jorge falaram sobre a importância da conversa sobre o feminismo e explicaram como ele afeta o dia a dia. “Meu Primeiro Assédio, por exemplo, viralizou porque as mulheres estão de saco cheio”, afirmou Clara.
Mariliz concorda com essa posição, reforçando que a coragem de uma mulher em publicar um relato de assédio ou agressão “faz com que outras percebam que não estão sozinhas, que mais gente passou por isso”. Entretanto, ela faz uma ressalva: “essa coisa de sempre colocar o homem como vilão me incomodou”.
A colunista da Folha, diferentemente de Averbuck, acredita que os bons exemplos devem ser mostrados, “para mostrar que são possíveis, que não é uma caça às bruxas”.
Mulheres Machistas
Uma forma prática para fazer o feminismo avançar passa pelas própria mulheres. Clara explica que “a mulher reproduz machismo”, já que “foi ensinada desde sempre” e isso precisa ser desconstruído. Mariliz endossa: “essas mulheres precisam ser mais solidárias”.
Radicalismo?
Há quem diga que o discurso é muito radical. Para Clara Averbuck, é necessário que seja assim, já que é apenas “um começo de discussão de uma coisa que tem que chegar em muitos outros lugares”.
Ela diz que reivindicar o tempo todo apenas “para ser tratada como um ser humano” é chato.
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