Cansado de política, Supla desabafa: “não dá para defender direita ou esquerda”
Eduardo Smith de Vasconcelos Suplicy, o Supla, foi o convidado do Jovem Pan Morning Show desta quarta-feira (1) e logo se mostrou incomodado sobre discussões políticas, assunto que vem tomando grande espaço da mídia nos últimos meses. Filho de Eduardo e Marta Suplicy, fundadores do PT, o músico compartilhou a sua indignação com a classe política que está no congresso e afirmou que essa briga entre direita e esquerda não tem nenhum vencedor.
Com um pensamento parecido com grande parte da população brasileira, o “Papito” enfatizou que não há como defender políticos de direita e nem de esquerda, além de defender que os brasileiros utilizem esse momento conturbado e recheado de acusações de corrupção para limpar o congresso.
“Ninguém aguenta mais. Já caíram dois ministros que estavam envolvidos. É uma grande chance do Brasil para limpar todo o congresso federal”, disse.
O veterano de 50 anos já ouviu muito sobre ideologias por ter crescido em uma casa com dois nomes importantes da política brasileira. Supla opinou sobre o que achou do governo Dilma Rousseff e o definiu como ruim. Ele acredita que se a presidente afastada não conseguiu ter respeito nem com o seu pai, um dos membros mais antigos do partido que ela representa, que esperou por uma reunião que nunca aconteceu, imagine com o restante da população.
“A Dilma não foi uma boa presidenta. Meu pai está tentando uma audiência com ela até hoje. Ele tem 74 anos e pelo respeito que ele tem, um dos caras limpos dentro do partido, pegou um avião para falar com ela, esperou tantas horas e chegou lá o assistente disse que não daria para falar. Se fez isso com um dos fundadores do partido, imagine com outras pessoas”, contou.
A sua mãe Marta Suplicy recentemente saiu do PT, após desavenças com líderes do partido e se filiou ao PMDB, que atualmente está na liderança do Brasil com Michel Temer, mas tão recheado de denúncias de corrupção quanto o governo anterior. Supla garante ter questionado a decisão de Marta e a aconselhou a ser bem política para driblar possíveis polêmicas por conta disso.
“Eu a questiono também. Falei para minha mãe que ela teria que ser bem política. Ela disse que era um partido amplo e que gostaria de implantar as suas ideias”, comentou, garantindo que votará nela caso seja escolhida como candidata à prefeitura de São Paulo nas eleições deste ano.
“Eu votaria nela sim. Eu moro no centro e ali parece onde todas as periferias se juntam. O pessoal gosta muito dela por causa do bilhete único e CEUs. Se ela quer ajudar de verdade, tem o meu apoio. O meu pai deve sair candidato a vereador, eu voto nele”, acrescentou.
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