Carlos Bertolazzi, de "Cozinha sob Pressão", diz que não quer ser cópia de Gordon Ramsay
No comando do reality show Cozinha Sob Pressão, do SBT, Carlos Bertolazzi conta que muitos estranham a diferença entre o temperamento dele neste programa e no Homens Gourmet, exibido pelo canal Fox Life. “As pessoas falam: ‘Ele é tão legal em um programa e tão rígido no outro’. Mas no Homens Gourmet estou entre amigos”, justifica o chef.
Carlos conta que já tinha contato com a cozinha desde cedo, já que o avô trabalhava na indústria alimentícia e a avó fazia livros de receitas para a empresa. A mãe montou um buffet para eventos, e o pai italiano, logo depois do divórcio, começou a aprender a cozinhar para atrair namoradas. “A cozinha começou a ficar mais presente na minha vida”, conta ele, que também usava a comida para atriar clientes do mercado financeiro. “Mas quando falava de negócios, eu sumia, e quando cozinhava, aparecia”, relembra ele, sobre o momento em que notou que tinha mais paixão para a cozinha.
Depois de trabalhar ao lado da mãe no buffet, percebeu que precisava estudar para ajudar a diferenciar a empresa das outras. Viajou para a Europa, onde estudou no Piemonte, na Itália, e fez estágio no catalão El Bulli, de Ferran Adrià. Mais tarde abriu o restaurante Zena Caffè, em São Paulo.
Questionado sobre o clima dentro de uma grande cozinha, ele esclarece que não é tão caótico quanto parece, principalmente quando a equipe já está formada há alguns anos. “Tem pressão por mandar comida boa, quente, no tempo certo. O serviço tem que funcionar como uma orquestra”, define. Já no programa Cozinha sob Pressão, o grupo ainda não tem harmonia e é de iniciantes, por isso acontecem mais conflitos.
Na preparação para o reality, o chef decidiu que não queria ser uma cópia de Gordon Ramsay de Hell´s Kitchen. “Não faz sentido imitar o cara. Fui me desinspirar dele, e assisti a outras versões do programa, como a italiana e a alemã”, explica. Depois de perceber que cada versão tinha um comandante com personalidade completamente diferente da outra, se sentiu mais livre. “Pensei: ‘Estou liberado, posso fazer o Carlos Bertolazzi'”, descreve.
Quando o programa Homens Gourmet surgiu, o chef conta que não tinha a intenção de ter uma carreira na televisão, e sim promover o restaurante Zena. “Mas acabou acontecendo, teve três, quatro, cinco temporadas, e não consegui sair disso. Hoje digo que sou chefe/apresentador”.
Já sobre a novidade dos food truck, se mostra muito empolgado. “Estava para montar um quando surgiu o programa e acabei segurando a ideia. Tem muita gente talentosa que por questão de custo de abrir um restaurante, acaba abrindo um food truck. Tem muito chef que vai para truck e tem truck que vira restaurante”, ressalta ele, mostrando que a migração acontece nos dois sentidos. “É legal porque ajuda a complementar a oferta gastronônica e tem preço acessível”, completa.
Serviço:
Cozinha sob pressão
Sábados, 18h15
SBT
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