Crítico vê carreira de Woody Allen em risco após ressurgimento de denúncias
Com as frequentes denúncias de abuso sexual contra grandes produtores e diretores de Hollywood, o nome de Woody Allen voltou a ficar nos holofotes por conta de denúncias antigas feitas pela sua filha, Dylan Farrow, que afirmou ter sido abusada sexualmente pelo pai adotivo quando tinha apenas sete anos. Muitas atrizes estão vindo a público afirmar que se arrependeram de trabalhar com o premiado diretor, colocando em xeque a carreira de Allen.
O Jovem Pan Morning Show desta quinta-feira (1) recebeu o crítico Miguel Forlin e ele deu a sua opinião sobre o futuro do cineasta de 82 anos. Para ele, o que vem acontecendo com Allen é uma verdadeira caça às bruxas e que a carreira do norte-americano ficará muito difícil por conta do clamor em cima de sua vida pessoal.
“Ele não foi condenado. Investigações foram feitas e não houve como garantir que as coisas aconteceram de fato. Ele não foi condenado, então não acredito que ele seja culpado”, opinou. “Surgiram notícias que talvez não lançassem o filme e que ele estaria enfrentando dificuldades para achar atores para o seu novo filme. Não sei se é o fim da carreira de Woody Allen, mas está cada vez mais difícil para ele”, completa.
Forlin aponta que deve haver uma separação do homem e a obra. Muitas pessoas começaram a afirmar que os filmes de Woody Allen objetificavam as mulheres, o que para o crítico é algo injusto.
As última notícias apontam que ele pode ver o seu novo longa, “Raining Day In New York” ser cancelado pela Amazon, além de estar com dificuldades de encontrar atores que aceitem trabalhar com ele em um novo projeto.
“Independentemente disso, tem que saber diferenciar o homem e a obra. Estão confundindo isso. A tônica do artigo que escrevi é sobre isso. Quer falar sobre o homem, fale sobre o homem. Agora dizer que todo filme do Woody Allen é sobre objetificação da mulher, é algo atroz”, aponta.
“Não faz sentido julgar Woody Allen pelo tom de seus filmes. Alfred Hitchcock não era um assassino por seus filmes girarem em torno de assassinatos. Ele (Allen) enxerga as mulheres de maneira rica e complexa”, conclui.
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