Diretor de “Jardins das Aflições” diz não aguentar mais discurso da esquerda

  • Por Jovem Pan
  • 31/05/2017 11h58
Reprodução

Josias Teófilo está enfrentando uma rejeição enorme por parte dos profissionais de cinema de Pernambuco e do Brasil, após dar à luz ao documentário “Jardins das Aflições”, que fala sobre a vida do intelectual conservador Olavo de Carvalho e que estreia em São Paulo nesta quarta-feira (31). O jovem de 29 anos revelou que perdeu muitos amigos por conta de seu projeto e afirmou não aguentar mais o discurso da esquerda.

Teófilo vê uma falta de ar no cinema nacional e a compara a uma casa fechada há 20 anos, onde ninguém mais aguenta o odor de mofo.

“Falta ar ao cinema brasileiro. Como uma casa fechada há 20 anos e quem ninguém aguenta. Ninguém aguenta mais esse discurso esquerdista. Único cineasta que consigo me identificar é o João Moreira Sales. Ele é tão genial que fez uma obra sobre Lula que antes parecia elogio e hoje é prova contra ele”, disse.

O cineasta explica que seu documentário sobre Carvalho nem vai para o lado político e que foi julgado mesmo antes de assistirem o material. Ele quis fazer um trabalho filosófico e que trata de temas mais profundos.

“Sempre quis fazer um filme filosófico, não iria tratar de questões políticas. Elas não servem como enfoque para o cinema e preferi tratar de temas mais profundos. Olavo de Carvalho é uma figura muito ampla, assim como o livro ‘Jardins das Aflições’”, explicou.

No Festival Cine Pernambuco de 2017, oito cineastas cancelaram sua participação às vésperas do evento, alegando motivos ideológicos por conta de “Jardins das Aflições”. Além disso, Josias ressaltou que muitos amigos de faculdade deixaram de falar com ele e o bloquearam nas redes sociais.

Ele também acredita que o cinema brasileiro está em decadência e que não há mais uma efervescência cultural como havia antigamente, no fim dos anos 1990 e início do novo milênio.

“Na década de 90 e começo dos anos 2000, ele (Olvao de Carvalho) colaborava na IstoÉ, na Bravo e existia uma efervescência cultural muito grande. De lá para cá, só decadência. A coisa está muito triste, polarizada e vazia”, concluiu.

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