Diretor de ‘Turma da Mônica: Laços’ fala sobre adaptação: ‘Difícil agradar todo mundo’

  • Por Jovem Pan
  • 05/07/2019 12h29
Jovem Pan Diretor Daniel Rezende foi o convidado do Morning Show desta sexta (5)

Após levar para os cinemas a história de Arlindo Barreto, um dos intérpretes do palhaço Bozo na década de 80, o diretor Daniel Rezende assumiu outra missão: adaptar a Turma da Mônica dos quadrinhos para as telonas.

À bancada do Morning Show, Rezende compartilhou que já pensava na turminha de Maurício de Souza enquanto trabalhava nas aventuras de bastidores do palhaço.

“Antes de filmar ‘Bingo’ eu pensei porquê não tinha uma live-action da Turma da Mônica. A produção é inspirada na graphic novel ‘Laços’, que quando eu li pensei ‘tem um filme lindo aqui’. Comecei a ir atrás disso e, ao mesmo tempo, o Maurício estava com o projeto de fazer o filme”, contou em entrevista nesta sexta-feira (5).

O diretor avalia que tanto Bingo como “Turma da Mônica – Laços” retratam a cultura pop nacional, cada vez mais valorizada no cinema brasileiro.

“A grande semelhança dos dois é que de alguma forma eu tinha vontade de olhar para a nossa cultura pop e achar boas histórias para colocar na tela. Nosso cinema agora está olhando mais para nossa cultura pop e podendo fazer bons filmes que possam se comunicar com o público.”

Assim como grande parte dos brasileiros, Rezende também se declara um fã da turminha de Maurício de Souza e, independente de ter o criador supervisionando de perto o trabalho, o cuidado para a escolha do elenco foi muito grande por causa da paixão que os personagens despertam em adultos e crianças.

O diretor conta que a escolha dos quatro protagonistas-mirim levou cerca de nove meses e mais de dois mil testes presenciais foram realizados. “Eu sabia que seria muito difícil agradar todo mundo. Focamos sempre em agradar uma pessoa só, o Maurício de Souza. Pra fazer a adaptação pro cinema, a gente se baseou numa pergunta: como seria essa turma se eles existissem de verdade?”, explicou.

“Para fazer isso e manter tudo lúdico, o Cebolinha não podia ter cinco fios de cabelo e o Cascão não era uma criança que nunca tomou banho, só morre de medo de água. Tentamos trazer uma versão de verdade, mas mantendo as premissas originais.”

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