Marcos Mion esbanja amor e experiências sobre ser pai de menina em livro

  • Por Jovem Pan
  • 06/08/2019 12h48 - Atualizado em 06/08/2019 12h50
Jovem Pan Marcos Mion foi o convidado do Morning Show nesta terça-feira (6)

Marcos Mion celebra a marca de 50 mil exemplares vendidos do seu livro “Pai de menina – para ler ao lado de sua filha e construir uma relação para a vida toda” com um bate-papo e sessão de autógrafos nesta quarta-feira (7), em São Paulo.

Pai da Donatella, de dez anos, além de outros dois meninos, Romeo e Stefano, Mion contou em entrevista ao Morning Show desta terça (6) que a ideia do livro partiu por sentir falta de informações sobre o tema.

“Desde sempre há séries, filmes, livros para mães e focados na maternidade, mas pro pai sempre teve essa falta de identificação. O meu foco foi exatamente esse. (…) Pra muita gente há a dificuldade de se relacionar com a filha menina”, explicou.

Para ele, a experiência de criar e cuidar de uma menina é única. “Se todos os homens tivessem a chance de serem pais de menina o mundo seria um lugar melhor. Acho que não teríamos essa sociedade machista, preconceituosa, opressora. Porque quando eu cuido da minha filha e crio ela empoderada pra que saiba que não vai abaixar a cabeça pra ninguém, eu me vejo olhando pras outras mulheres com todo o respeito do mundo.”

O desejo da paternidade se manifestou cedo em Mion, que diz até ter espantado algumas namoradas por causa disso. “Eu sempre quis ser pai, cortava o bolo desejando ser pai antes dos 20 anos. Perdi várias namoradas no meio do caminho porque eu falava ‘vamos ter um filho?’.”

Por isso, ele afirma que não teve grandes dificuldades em criar uma menina, mas sim em ser reconhecido como um pai. “A maior dificuldade foi batalhar pelo meu espaço como pai porque é enraizado na nossa cultura que o homem não sabe cuidar de bebê, principalmente de menina.”

Outras formas de paternidade

Além da filha, Mion é pai de outros dois meninos. Um deles, Romeo, é diagnosticado com autismo desde sua infância. O apresentador compartilha suas experiências com o filho nas redes sociais e é totalmente envolvido na busca por maiores direitos aos portadores da doença.

“O autismo tem muitos graus e nenhum autista é igual a outro. Já fiz muitos vídeos explicando pros pais quais sinais eles têm que buscar para identificar o autismo nas crianças porque o autismo é uma doença diferente, ele não é visível. (…) Recebo muitas respostas de pessoas me agradecendo porque finalmente conseguiram identificar o que o filho tinha, muitas vezes nem mesmo os médicos conseguem diagnosticar.”

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