Ex-ministro da Fazenda defende PEC dos gastos: "O Brasil não tem saída sem ela"

  • Por Jovem Pan
  • 14/11/2016 11h35
Johnny Drum/Jovem Pan

O ex-ministro da fazenda Maílson da Nóbrega e a mestre em economia e finanças Alessandra Ribeiro estão lançando o livro “A Economia – Como Evoluiu e Como Funciona; Ideias Que Transformaram o Mundo” e aproveitaram para defender a polêmica PEC dos gastos, no Morning Show desta segunda-feira (14).

Para Nóbrega, é essencial que o Brasil passe por esse controle de seus gastos públicos para conseguir se recuperar economicamente e vê o próprio governo como culpado dos protestos em cima da medida, já que não conseguiu explicar com clareza à população como funcionará o reajuste fiscal que está propondo.

“Quem estuda minimamente sabe que não tem saída sem a PEC. Somos um trem caminhando para bater numa parede. Tem economista que defende que ela é errada e tem que continuar gastando. Você está indo para uma catástrofe e acham que estão errados em controlarem os gastos. Então significa que o governo não está sendo bom em fazer as pessoas entenderem o que é esta medida”, opinou.

O economista acredita que a PEC dos gastos também servirá como uma lição para a população brasileira, que aprenderá que não podem gastar mais do que ganham no mês.

“Chegou a hora de parar o gasto público. Enquanto os gastos aumentavam 6%, o crescimento do país não acompanhava o ritmo. Esse é o ponto fundamental que as pessoas não estão entendendo. Essa PEC servirá como lição de que você não pode gastar mais do que seu salário pode pagar”, explicou.

Assuntos que envolvem a economia são sempre complicados de entender. Quando políticos aparecem com promessas em suas campanhas eleitorais, muitas pessoas aplaudem ou criticam sem ter entendido o que aquelas palavras querem dizer realmente. Nóbrega e Alessandra Ribeiro decidiram produzir o livro para que os leigos possam compreender um pouco do assunto de uma forma bem didática e de fácil compreensão.

“Se eu tivesse na minha época como autodidata na minha época, eu teria mais facilidade em entender sobre economia. Veio a ideia de explicar para o leitor comum, de maneira simples, como a economia evoluiu. Tinha que ser bem didático e fácil de ler. Cada capítulo não poderia ter mais de dez páginas no livro”, disse. “Essa é a ideia, para o leitor de maneira fácil, como por exemplo os conceitos por trás da inflação. Esses conceitos estão no livro de uma maneira fácil. Toda vez que houverem promessas milagrosas, elas vão saber melhor e fazer melhor escolhas”, concluiu.

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