“A gente vive numa ditadura do marketing”, critica Maria Rita
A cantora Maria Rita participou do Morning Show desta quinta-feira (16) e disse que o único canal que pode se expressar sem ter as mensagens deturpadas é o Twitter. “Eu ainda acho que a gente vive numa ditadura do marketing, a gente não pode arriscar, falar”, reclamou. “A minha terapeuta disse para eu parar de ler jornal um pouco ou minha cabeça ia explodir”, brincou a artista.
A intérprete lançou o cd e dvd Coração a Batucar no ano passado e um dos hits é Bola Para Frente, música composta por Xande de Pilares. “O samba sempre existiu na minha vida, eu via carnaval e ficava encantada com os desfiles. Antes no meu primeiro disco tinha um flerte com o samba, com Um Cara Valente, mas eu não tinha coragem de tocar no samba”, contou sobre a relação com o ritmo brasileiro que se tornou mais íntima recentemente.
A cantora Mart’nália, contou Maria Rita, foi uma das responsáveis pela aproximação da artista com o estilo.
Maria Rita também comentou a relação de seu carreira com a da sua mãe, a cantora Elis Regina, falecida em 1982. Ela comentou que, no começo da carreira, pedia para que seu trabalho não fosse confundido ou interpretado como herança com a carreira da Pimentinha. “Entendo a necessidade de quem fez a blindagem de não confundir os canais. Eu era a única filha da maior cantora que estava começando a ser cantora”, disse. O bloqueio, porém, foi caindo aos poucos na avaliação da intérprete. “Houve necessidade, mas lógico que isso acabou gerando uma série de coisas ruins e negativas que com o tempo vai se dissipar como já está sendo”, comentou sobre as críticas de que não era tão simpática quanto o esperado.
Como filha de uma das vozes mais marcantes do Brasil, Maria Rita disse também que tinha o papel de ser curadora das obras da mãe e que hoje consegue manter uma carreira em paralelo com o trabalho. “Eu exerço esse papel conscientemente desde os 12 anos”, concluiu a cantora.
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