Ilana Casoy lança livro sobre casos Nardoni e Richthofen: “não julgo quem é pior”

  • Por Jovem Pan
  • 21/12/2016 12h18
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Ilana Casoy esteve por dentro de dois casos chocantes de assassinato: o da família Richthofen em 2002 e da família Nardoni, em 2008. Toda a sua experiência acompanhando os detalhes de dois dos crimes mais falados da história do Brasil fez com que ela compartilhasse suas anotações, reflexões e sentimentos no livro “Casos de Família: Arquivos Richthofen e Arquivos Nardoni”.

No Jovem Pan Morning Show desta quarta-feira (21), a pesquisadora revelou que não consegue julgar qual dos dois é pior e que simplesmente as pessoas são ruins e mentirosas. Na visão dela, aos olhos da Justiça, esses casos estão resolvidos, mas para Deus ainda haverá um julgamento, pois apenas Ele sabe o que aconteceu.

Casoy conta que não se envolve em julgamentos nesses tipos de caso e que participa de todas as investigações para absorver conhecimento. “Eu deixo o julgamento para outra esfera. Estou ali para assistir, aprender, fazer uma troca de informações. Às vezes pedem meus conselhos e recebo deles de volta. A fé me ajuda a dar um passo atrás e dizer se está certo ou não. Entro na mente dos assassinos e de quem julga também”, contou.

Em 2002, a escritora revelou que quis entender o que Suzane von Richthofen estava pensando enquanto os irmãos Cravinhos matavam os seus pais. Foi Ilana quem pediu para perguntarem a Daniel, namorado da assassina na época, o que ela havia dito depois do crime.

“Eu acompanhei a reprodução simulada. Eu não me meto para não correr o risco de anular a investigação. Os três já tinham assumido o crime e perguntas seriam feitas. Eu colaborei sobre os tipos de perguntas para poder amarrar a cabeça assassina deles. Eu ajudei a perguntar para o Daniel para entender o que ela estava pensando com o assassinato. Foi aí que ele revelou que ela perguntou: ‘já terminou?’”, explicou.

Sobre Alexandre Nardoni, Casoy demonstrou ter um certo desprezo por ele. Em uma passagem de seu livro, ela cita que toda vez que tirava os óculos e pensava em chorar no júri, lembrava que o assassino de Isabella Nardoni era um grande mentiroso e reforça que ele apareceu de óculos de grau para parecer mais vítima.

“Deve ser pelo clichê, quem usa óculos sabe que é difícil chorar de óculos, fica todo babado de lágrimas. No júri, ele fazia esse movimento de chorar, mas os óculos não embaçavam e nem nada. Ele é a pessoa que mais chora bem de óculos. Eu e o [promotor] Cembranelli  nos atemos a isso e ele deu uma ‘facada’ nisso, pois o Nardoni estava chorando sem lágrimas”, completou.

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