“Impeachment não resolve, mas é janela de esperança”, diz cientista político Rafael Cortêz

  • Por Jovem Pan
  • 18/04/2016 11h47
Ana Cichon / Jovem Pan

Com a votação positiva para prosseguimento do processo de Impeachment da presidente Dilma, na Câmara dos Deputados, na noite do último domingo (17) os brasileiros anseiam pelo futuro do que virá a acontecer daqui para frente na crise político.

Denise Campos de Toledo participou no Morning Show nesta segunda-feira (18), acalmou os ânimos, mas alertou: “bolsa é assim, sobe no fato, cai no boato. Mas a gente não pode ter ilusão não. Não vai ser fácil, porque a deterioração foi muito pesada. Quando a economia entra em negativo, ela segue assim, mesmo com o surgimento de um fato novo”.

Quem também comentou o assunto foi o cientista político Rafael Cortêz, que acredita em uma resolução rápida na tramitação do processo no Senado.

“Me parece um quadro mais razoável que se tenha próximo de uma definição no fim do primeiro semestre, e o cenário mais provável é mesmo de interrupção de mandato. Tem o efeito do timing, em uma versão mais ambiciosa, o Governo vai questionar se de fato as pedaladas fiscais embasam o pedido, aí o Supremo pode inviabilizar o processo, mas é pouco provável”, ressaltou.

Cortêz defendeu ainda que caso Michel Temer assuma de fato a presidência, a expectativa é de que ele se cerque de uma equipe de confiança e anuncie medidas importantes para, assim, sinalizar alguma mudança.

“Do ponto de vista político, dá um nó na cabeça do cidadão. Me parece que o resultado líquido deste processo vai ser muito em função de como a economia e o país vão se comportar neste período. Uma coisa é certa, o impeachment não resolve, mas é uma janela de esperança”, completou.

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