Infectologista cobra mais divulgação sobre prevenção da AIDS: “estamos errando”
O dia 1º de dezembro marca o início do último mês do ano, mas também é o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS. Nesta quinta-feira, o médico infectologista Jean Gorinchteyn, do Hospital Emílio Ribas, afirmou que a mídia precisa participar mais da campanha de prevenção da doença e que estamos errando em mostrar os perigos do vírus para os jovens.
“Estamos errando no quesito da prevenção. Temos que falar mais, alertar os jovens para poder comemorar daqui alguns anos”, cobrou o médico.
Essa prevenção ser torna cada vez mais necessária muito por conta dos números apresentados por Gorinchteyn. Segundo ele, jovens de 15 a 24 anos representam 40% das infecções com o vírus da AIDS, muito por conta da falta de informação sobre a doença e notícias que não explicam com precisão.
“Hoje estamos no terceiro ano da campanha de luta contra a Aids. O objetivo é atingir o jovem. Para se ter ideia, o jovem de 15 a 19 teve o número de casos triplicados. 40% de jovens de 15 a 24 anos são os infectados”, apresentou. “A culpa é nossa de não dizer que é a doença que mata e muda o curso da vida. Os efeitos colaterais, a doença que é o preconceito da sociedade”, reforçou.
O doutor relembra que o Brasil é um dos países que possuem o melhor tratamento da AIDS, além de oferecer isso de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os hospitais oferecem coquetéis de tratamento e também todos os testes preventivos, como o que identifica se há HIV sistêmico no organismo.
“Se fôssemos analisar os países em desenvolvimento, estamos no primeiro lugar. Oferecemos o coquetel de tratamento gratuitamente. Todos os testes feitos nos hospitais são fornecidos de forma gratuita pelo SUS, diferente do que acontece na Europa e EUA”, disse. “Antes dos jovens decidirem tirar a camisinha, é necessário fazer o exame preventivo para saber se não tem o HIV sistêmico, que é aquele que pode virar AIDS”, alertou.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.