‘A corrupção me irrita muito’, diz Juca de Oliveira sobre peça em cartaz

  • Por Jovem Pan
  • 12/03/2020 12h11
Jovem Pan Juca de Oliveira e Taumaturgo Ferreira foram os convidados desta quinta-feira (12)

Em cartaz até 26 de abril no Teatro Renaissance, em São Paulo, a peça “Mãos Limpas” com os atores Juca de Oliveira e Taumaturgo Ferreira trata com bom humor um dos tema mais espinhosos da política brasileira: a corrupção.

“Você conhece a política de um povo, quer seja da Grécia ou da Alemanha, através do teatro porque ele sempre se refere àquilo que está passando. Eu escrevo peças sobre coisas que me apaixono, e também sobre o que me irrita. Então sempre acabo fazendo comédia porque o vilão é uma personagem de comédia. Sempre que tem vilão, tem riso”, contou Oliveira em entrevista ao Morning Show nesta quinta-feira (12).

“A vida do intérprete e do escritor está muito ligada à realidade que ele vive e sobretudo nos aspectos que mais mexem com ele. A corrupção, por exemplo, é algo que me irrita muito. Acho que o indivíduo tem que ser íntegro, de caráter, e é muito difícil encontrar na política brasileira a totalidade de caracteres bons”, completou.

Taumaturgo Ferreira se declarou fã das peças de Juca e especialmente dessa em que contracena com ele. “Sempre fui fã, adoro o estilo do Juca de escrever, de falar de todos os sentimentos que existem, mas sempre com muito humor. Adoro o estilo do Juca como ator e autor, pra mim fazer essa peça é pura felicidade.”

Oliveira relembrou que nos primeiros dias da peça houveram manifestações políticas por parte da plateia. “Surgiram duas ou três pessoas [se manifestando], mas depois nunca mais alguém reclamou. O público se comporta normalmente.”

“As posições políticas existem e estão aí. Você toda hora encontra pessoas que tem posições contrárias as suas e nem por isso sai brigando. Eu, por exemplo, sou amigo de todos os atores, me dou muito com todos – ainda bem. Alguns estão em posições de extrema esquerda, totalmente contrários a minha, e outros nem sempre são generosos com os próprios colega. Você não pode polarizar nem radicalizar. Se radicalizarmos, não chegaremos a lugar nenhum.”

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