Lázaro Ramos incentivou Pathy Dejesus a posar na Playboy: “temos que ter musas negras”

  • Por Jovem Pan
  • 12/09/2016 12h23
  • BlueSky
Reprodução/Instagram

Quando aceitou o convite para ser capa da edição de aniversário da revista Playboy, Pathy Dejesus viu a chance de entrar para a história não só de forma pessoal, mas também para todos os negros do Brasil. Em entrevista ao Jovem Pan Morning Show desta segunda-feira (12), a modelo revelou que conversou com Taís Araújo e Lázaro Ramos e recebeu um grande apoio do ator para se tornar uma “musa negra”.

“Eu conversei com a Taís e o Lázaro antes de decidir posar. Eu me lembro de algo que o Lázaro disse: ‘acho que você tem que posar sim. O Brasil não tem musas negras’”, relembrou. “Por que as musas negras só aparecem quando está na época do Carnaval?”, questionou o intérprete de Mister Brau para a amiga.

Com 39 anos de idade e com um padrão de beleza diferente do que os leitores da publicação estão acostumados, Pathy acredita que nunca seria chamada para estampar as páginas da Playboy caso o controle da marca estivesse ainda com a antiga equipe.

Antes de aceitar posar nua, ela precisou pedir a permissão para os seus pais e contou que inesperadamente, foi a sua mãe que acabou tendo mais resistência com a ideia, mesmo explicando a nova vertente da revista.

“Eu pedi para fazer (o ensaio) e minha mãe falou que não. Já meu pai disse que sim. Conversar com o pai é sempre mais doído, mas ele ouviu meus argumentos. O nome Playboy é emblemático. Mesmo mostrando que as coisas mudaram, que cada mulher escolhia até onde iria mostrar, eles ficaram meio reticentes em aceitar”, revelou.

Defensora dos direitos de igualdade entre raças, a atriz e ex-VJ da MTV tem um sonho que ela define como utópico, de que atores negros possam fazer testes para personagens de destaque sem que exista a barreira da cor na descrição.

“Personagem negro tem que vir com a rubrica ‘mulher negra x’. A Questão é: não precisaríamos nem falar dessa questão. Seria maravilhoso chegarem para mim com um teste de mulher de tais características, sem mencionar a cor”, disse. “Eu falo que isso tudo é utópico porque avançamos pouco nessa questão. Eu só queria que todos tivessem direitos iguais”, concluiu.

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.