Lobão sobre Caetano Veloso: “acho pior a menina ser feia do que ter 12 anos”

  • Por Jovem Pan
  • 31/10/2017 12h22
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Johnny Drum/Jovem Pan

Uma das figuras da considerada direita brasileira mais conhecidas é a do músico Lobão. O cantor foi o convidado do Morning Show desta terça-feira (31) para falar sobre o seu novo álbum, “Antologia Politicamente Incorreta dos Anos 80 pelo Rock”, mas como não poderia ser diferente, acabou dando a sua opinião sobre o atual momento político do Brasil.

O aparente sumiço do artista no que diz respeito ao assunto tem um motivo: ele está cansado da sociedade brasileira atual, que segundo ele, está muito caricata tanto para esquerda quanto para a direita. O cantor criticou a perseguição contra Caetano Veloso por conta da polêmica com Paula Lavigne, que disse em entrevista à “Playboy” anos atrás que tinha 13 anos quando perdeu a virgindade com o ídolo da MPB. Ele ainda usou uma frase polêmica em tom de brincadeira.

“To cansado de política porque a sociedade brasileira parece que não aprende. Ou você continua nessa sociedade de caricatura da esquerda, em contrapartida surgiu uma caricatura da direita hidrófoba, como intervenção militar, indignação contra a arte. O Caetano tem coisa pior do que a história de pedofilia, isso só o vitimiza. Acho mais feio a menina ser feia e horrorosa do que ter 12 anos”, comentou.

Lobão aproveitou para criticar o Movimento 342, o qual Veloso apoia. O roqueiro afirmou que muitos dos artistas que estão com esses movimentos apenas fazem conchavo político em troca de patrocínio com dinheiro público.

“Eu me cansei de seguir esses caras. São tão a mesma coisa. São espíritos famintos. Vivem atrás de patrocínio, fazem conchavo com partidos políticos. O ministério da cultura é um feudo. Essa turma do 342 sempre está na fissura de conseguir benesses de dinheiro público e atrás da Rede Globo. Não tenho interesse neles e estão abaixo do meu enfado artístico. Quanto ao caráter é uma coisa que não me interessa.Quero que explodam”, disse.

Fim do ódio com o Paralamas do Sucesso?

Em seu novo projeto, Lobão deu a sua versão para 25 canções do rock oitentista. Entre esses clássicos, o cantor escolheu “Lanterna dos Afogados”, do Paralamas do Sucesso, banda que o paulista sempre criticou ferozmente.

Apesar de não ter conversado diretamente com nenhum membro do grupo para pedir a autorização da gravação, Lobão confessou que ficou emocionado ao compreender a letra da canção e que acabou considerando Hebert Vianna um grande compositor.

“Fiquei 30 anos odiando o Hebert, foi a pessoa que mais odiei na vida. Não teve papo nenhum com o Paralamas e simplesmente eles foram muito corteses. Não sou nenhum esquizofrênico. O disco, por ser um complemento do livro, as pessoas vão entender porque escolhi elas. O que mais fiquei emocionado durante a escrita foi que por esse problemão que acudia meu coração. Eu não ouvia nenhum álbum, incluindo os Paralamas. Quando ouvi “Lanternas dos Afogados”, me emocionei, o Hebert é um grande compositor”, concluiu.

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