"Menino do Cofrinho" do Teleton cobra mais engajamento de jovens em questões sociais
Em 1999, um garoto ficou famoso por levar o seu cofrinho no programa Teleton para doá-las por uma boa causa. Aquele jovem que ficou conhecido como “Menino do Cofrinho” cresceu e hoje continua trabalhando em prol de ações sociais que visam ajudar os mais necessitados. Nesta segunda-feira (30), o Jovem Pan Morning Show recebeu Felipe Ventura rosto do “Corrente do Bem” da AACD e criador do “Projeto Geração”.
Além de relembrar o dia em que surpreendeu Silvio Santos e Hebe Camargo ao quebrar o seu cofre e doar R$ 75 ao vivo no Teleton, Ventura afirmou que a sociedade precisa começar a se mobilizar por causa maiores e agir como cidadãos. Para ele, falta engajamento dos jovens em participar de programas sociais.
“Nós como sociedade temos que nos mobilizar por uma causa maior. Não adiante ficar reclamando de políticos se no nosso dia a dia não somos cidadãos. Falta engajamento os jovens, eu vi uma pesquisa que mostra que só 8% dos jovens entram numa causa social”, comentou. “Falta exemplos e lugares para eles mostrarem. Você pode fazer ações em sua casa, na sua escola. Tem muita gente querendo fazer o bem”, acrescentou.
O publicitário faz palestras em nome da AACD há 12 anos, tentando conscientizar escolas, faculdades e empresas a terem uma visão mais solidária com a situação precária que algumas pessoas passam no dia a dia. Nesse tempo em que conheceu diversas pessoas e organizações que sonham com o mesmo objetivo que ele, Felipe decidiu criar o Projeto Geração para criar elos de quem quer ajudar e quem precisa de ajuda.
“O Projeto Geração surgiu depois de eu conversar e conhecer outras pessoas. Eu criei o Geração que é um projeto centralizador, que conecta quem quer ajudar e quem precisa de ajuda”, revelou.
O trabalho de Ventura demonstrou uma grande evolução pelo valor que ele conseguiu arrecadar para doar ao Teleton 2015. Em sua 17ª participação no Teleton, o rapaz conseguiu doar R$ 33 mil de suas próprias economias. Isso o fez relembrar que sua família o fez assistir ao programa para ter essa sensibilidade de que muitas crianças do Brasil não possuíam o mesmo conforto que ele na infância.
“Meus pais sempre me colocaram para assistir o Teleton para ver o que eu tinha em casa e mostrar a realidade de outras pessoas. No Teleton de 1999 o Silvio pediu para as crianças ligarem, e despertou a vontade de fazer algo que fosse meu. Eu tinha um cofre, contei as moedas e pedi para o meu pai me levar no programa”, lembrou.
“Quando a Hebe passou por mim e entendeu a história, ela perguntou se eu iria até o palco. O Silvio perguntou se eu voltaria no ano seguinte com dois cofres. São 17 anos seguidos que apareço lá. Na primeira vez levei 75 reais e no último ano doei 33 mil”, concluiu.
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