Ministro da Cultura vê Brasil com boas chances no Oscar com "Bingo"
O Brasil segue firme na disputa para concorrer ao prêmio de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2018 com o longa “Bingo – O Rei das Manhãs” e para o Ministro da Cultura, Sergio Sá Leitão, o País tem grandes chances de se sagrar vencedor. Em entrevista ao Morning Show desta quinta-feira (26), Leitão elogiou a produção que mostra a história do palhaço Bozo e a escolha da Academia Brasileira de Cinema.
“Eu acho que temos uma grande chance com ‘Bingo’, pois é um filmaço. É muito bem filmado e cheio de boas ideias cinematográficas. Estou animado e feliz que a escolha não foi algo de governo”, comentou.
O ministro afirmou que quando recebeu a lista de candidatos, logo encaminhou a decisão para a Academia Brasileira de Cinema, já que o estado não deve ter nenhum poder sobre qual produção deva ser a escolhida. “Mandei a Academia de Cinema Brasileira escolher o filme que nos representaria no Oscar, pois não cabe ao estado decidir”, completou. No último ano, houve uma grande polêmica com a escolha, já que o elogiadíssimo “Aquarius” foi depreciado como representante, após protesto contra o governo Temer.
“Há desinformação sobre a Lei Rouanet”
A polêmica Lei Rouanet, que dá incentivo a produções artísticas no Brasil, voltou a ser pauta com a presença do de Sá Leitão no programa. Para o ministro, as pessoas que criticam a lei ainda estão muito desinformadas sobre como ela funciona.
Ele explica que a liberação do dinheiro será abatida no imposto de renda da pessoa física ou jurídica que reivindicar o valor para a produção cultural.
“Há muita desinformação no que é a Lei Rouanet. Ela é um instrumento em que pessoas jurídicas e físicas para fazer manifestações e pagarão com o imposto de renda. O recurso acaba sendo privado, pois sairá do bolso da pessoa. Se tornará público quando abater no seu imposto de renda. Não é diferente dos EUA, pois lá eles recebem incentivos fiscais”, disse.
Já sobre a Ancine, Sá Leitão afirmou que o presidente Temer fez mudanças na administração, procurando colocar profissionais que tenham ligação direta com a cultura, tornando o gerenciamento mais profissional e menos político.
“No caso específico da Ancine, de fato o presidente foi do PC do B e havia uma presença forte deles por lá. Isso acabou. Essa semana eu participei de dois novos diretores da Ancine que foi indicado por Temer e eles são técnicos. Estamos fazendo no Ministério da Cultura e na Ancine, estamos colocando pessoas com conhecimento na área. Temos que ter pessoas técnicas na administração pública e o estado vai ganhar muito”, concluiu.
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