"Muita gente morreu para que a gente pudesse votar", diz Eduardo Jorge, contra ditaduras
Eduardo Jorge comenta os protestos do último final de semana, nos dias 13 e 15 de março. “86% dos dois grupos acham que a democracia é o caminho. Na época da ditadura, 80% era a favor da ditadura. Agora as pessoas estão a favor da democracia e vamos resolver os problemas pela democracia”, diz ele, criticando a afirmação de que os protestos contra Dilma eram a favor de uma nova ditadura.
“Isso desmistifica o blablablá de que as pessoas nos protestos são a favor da ditadura, na tentativa de justificar as fraquezas do governo. Os extremistas são esmagadoramente minoritários”, argumenta. Eduardo diz que países como França, Dinamarca e Suécia também têm seus extremistras, que defendem soluções autoritárias. “Cabe a nós tentar reduzir de 11% para 9%, para 7%”, diz.
Para ele, não existe solução mágica de imediato. “O eleitor tem que prestar muita atenção quando vai votar. O voto é uma coisa preciosa. Muita gente morreu para que a gente pudesse votar. Agora vamos ter que lutar durante dois, três, quatro anos para corrigir os erros do passado desse governo”, defende.
A importância dos protestos, para ele, é dar sinal de alerta para os políticos refletirem sobre o trabalho deles. “O povo na rua não anula eleição, mas atualiza o espírito do povo. Os políticos têm que colocar as barbas de molho e ir se corrigindo, porque eles vão se submeter a uma nova eleição daqui a dois, quatro anos”, explica.
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