Musa da Grande Rio defende críticas sociais no Carnaval: ‘Por que não mostrar o que realmente precisamos?’

  • Por Jovem Pan
  • 07/03/2019 12h14 - Atualizado em 07/03/2019 12h17
Johnny Drum/Jovem Pan Renata Kuerten estreia programa para noivas em maio

A modelo Renata Kuerten esteve no Morning Show desta quinta (7) e falou sobre a emoção de ser musa da Grande Rio, escola pela qual desfile há quatro anos.

“É verdade que em muitas escolas se paga para ser musa, mas a Grande Rio convida. Há quatro anos eles queriam colocar personalidades diversificadas e não tinha nenhuma modelo. A Carol Sampaio perguntou se eu topava, e eu aceitei”.

A musa garante que não aparece na quadra da Grande Rio apenas no carnaval. “A comunidade toda me abraçou, todos me adoram. Eu sou muito aberta com eles. Vou em vários eventos ao longo do ano”, disse.

A Grande Rio foi a terceira escola a desfilar na Sapucaí na madrugada de segunda (5). Com seu enredo “Quem nunca? Que atire a primeira pedra”, a agremiação fez o público refletir sobre a falta de educação presente diariamente em atitudes corriqueiras.

O tom crítico não foi bem recebido e a escola terminou em 9º lugar na classificação geral.

“Eu adorei o enredo, achei um assunto muito polêmico e forte, acho importante frisarmos a falta de educação no Brasil. Não sei se não gostaram, mas fiquei muito triste [com o resultado]”, desabafou.

Além da Grande Rio, outras escolas levaram para o Sambódromo críticas sociais e a Mangueira, grande campeã deste ano, foi exaltada por isso.

“Tenho certeza que o carnaval deve ser usado como espaço de manifestação. É um evento para o mundo todo, por que não usar esse evento gigantesco para mostrar o que a gente precisa realmente? Acho que deveriam focar cada vez mais nisso [críticas sociais], mas não sei se falta verba, se falta coragem, falta alguma coisa… Acho que é medo de ser mais agressivo”.

“Focaremos somente na escolha do vestido para o momento mais esperado da vida delas. Pra mim, foi um desafio porque eu nunca fiz nada desse tipo e adorei. Principalmente porque eu tenho contato não só com as pessoas, mas com os sentimentos delas. Nosso diferencial é que teremos muita diversidade no programa, serão 21 noivas ao todo. Desde gordinhas que não se sentiam bonitas a casal de lésbicas, com as duas escolhendo o vestido”, revelou.

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