"Não existe papel bom ou ruim, todo personagem tem a sua importância" diz Tony Ramos
Com 50 anos de carreira completos, o ator Tony Ramos é referência quando o assunto é teledramaturgia brasileira. Tony desmitifica o que é ser ator com naturalidade, mas ressalta a importância de estudar e se dedicar a arte de interpretar. O ator Tony Ramos foi o primeiro entrevistado no retorno das férias do programa Mornig Show que tem a partir de agora também sua transmissão ao vivo em vídeo.
Por telefone, Tony conta que começou a carreira no rádio, mídia que ele juga ser de extrema importância. “Às vezes a gente tenta entender a própria trajetória do nosso trabalho. Principalmente no rádio. O rádio tem a sua personalidade muito clara. Eu digo sempre, você pode inventar várias plataformas multimídias, mas o rádio sempre estará lá. Ele é um companheiro”, completa o ator. E finaliza: “Os hábitos foram se modificando, mas alguns hábitos serão eternos. Assim como teatro. O rádio auxiliou na minha carreira. Ele tem uma função social muito maior do que todos imaginam. Muitos estão enfermos, preparando o almoço, indo para o trabalho e ouvindo rádio.”
Sobre o remake de O Rebu que estreia nesta segunda-feira (14), Tony Ramos reafirma a importância do trabalho que está sendo executado durante toda a produção que começou em março com a gravação de cenas externas na Argentina.
O ator também comenta a necessidade encontrada pelo ator do remake em atualizar a obra com o uso de novos termos e aparelhos tecnológicos. “ É Uma nova realidade. O nosso laboratório foi feito através de ensaios. Tudo começou em março. Começamos a gravar no interior da Argentina. A nossa equipe está trabalhando fechada em um flat no Rio de Janeiro. Nós gravamos oito finais e gravaremos mais quatro aqui no Brasil.
Muito estudioso ele afirma que não há personagens bons ou ruins. “Há atores inexperientes que desperdiçam alguns pequenos textos do roteiro. Esse pequeno texto pode representar muito lá na frente. Não há personagem ruim. Cada personagem tem sua história.” Com relação às reprises do canal Viva! ele afirma que as assiste e relembra seus antigos personagens.
Antenado, o ator fala sobre as diversas formas de iluminação que podem ser utilizadas nas cenas. “O ator deve saber se colocar enfrente às câmeras. Muitas vezes, o próprio Valter Carvalho opera a câmera na mão. Nós estamos cheios de planos sequência e luzes especiais”, e finaliza, “A alma das filmagens não devo mudar por conta de todo o aparato tecnológico. O que comanda é o texto, o conteúdo. O que comanda uma boa televisão é o roteiro.”
Sem fugir dos assuntos Copa do Mundo e a desclassificação da seleção brasileira na Copa, o ator se mostrou esperançoso com a melhora da seleção. Ele falou sobre a sua rotina de gravação durante o evento. “Meu diretor é maravilhoso. Dia de jogo do Brasil eu não gravava”, e completa, “O que se tira de tudo isso é uma lição. É necessário se repensar tudo, assim como foi feito antes do tri campeonato no México.
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