“Nossa mira é a música que faça a diferença”, diz Thedy Corrêa, do Nenhum de Nós

  • Por Jovem Pan
  • 11/04/2016 12h05
Ana Cichon / Jovem Pan <p>Músico participou do programa nesta segunda-feira (11)</p>

Com 30 anos de carreira, além do merecido reconhecimento a banda Nenhum de Nós ainda parece carregar a mesma essência de quando se lançou no mercado do rock nacional, em meados de 1986.

“Tem gente que move a sua carreira a dinheiro, mas tem quem ainda trabalhe música de uma maneira antiga, como arte, ela não se submete à vontade das pessoas, aí a música começa a ter vida própria, a proporção que toma, te convida a fazer parte da história. Me enche de orgulho, porque tem gente que fala ‘ah, saiu da gravadora, a banda vai acabar’, mas não foi uma gravadora que começou essa banda. A nossa mira é a música, escrever uma canção que faça a diferença. Quer uma realização maior que essa?”, disse Thedy Corrêa, em entrevista ao Morning Show nesta segunda-feira (11).

Já viajando pelo país com o novo CD, “Sempre É Hoje”, os músicos se uniram à voz de Roberta Campos para entoarem uma belíssima canção, intitulada de “Foi Amor”, presente no novo repertório.

“Foi um negócio muito legal, porque alguém falou nas redes sociais que ela havia postado tocando uma música nossa, fiquei honrado, dali começamos a trocar mensagens. Um dia me lembrei dessa letra e pensei o quanto seria legal a voz de uma mulher, falei com ela, aí dois dias depois ela me mandou o que havia feito e eu, no meio da audição liguei para ela, fiquei muito emocionado”, confidenciou o vocalista.

Carinho

Uma das faixas de maior sucesso da banda é “Camila, Camila”, que fala sobre o relacionamento abusivo sofrido por uma garota, o retrato era tão tocante que fez com que Cazuza, já muito doente, gravasse uma versão dela em parceria com Sandra de Sá.

“Ele ouviu e disse ‘essa tem que fazer sucesso, vou fazer a minha parte e gravar’. Ele gravou, mas não conseguiu ver a música estourar, porque logo depois faleceu. A gente não conseguiu encontrar com ele, mas você fica imaginando em um cara da dimensão do Cazuza que ouve uma obra sua e diz que ‘tem que estourar e vou usar o resto de forças que eu tenho para cantar’. Eu sempre acho que, de alguma maneira, ele foi o nosso padrinho, nos abençoou com genialidade dele”, completou.

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