“O rock brasileiro deve tudo a nós”, diz Wanderléa
A cantora Wanderléa lembrou do começo da carreira artística, em entrevista ao Morning Show desta quinta-feira (25). “Era truncado, o pessoal vinha com nariz torcido e falando ‘ai, lá vem essa garotada perturbar'”, disse sobre o trabalho feito ao lado de Roberto e Erasmo Carlos.
A artista recordou do enfrentamento para conseguir cantar de roupas chamativas, com destaque para as minissaias. “Esse corpo a corpo foi feito por nós, o rock brasileiro deve tudo a nós hoje”, disse. Wanderléa recapitulou que não era fácil mantém o visual de vanguarda. “Como a gente trazia uma música jovem e diferente, não tinha roupas no mercado que fossem compatíveis. Tenho um irmão muito criativo que foi buscar referências em heroínas da Marvel”, lembrou.
O movimento da Jovem Guarda era criticado por cantar sobre felicidade e festas em plena ditadura militar, ao invés de se engajar como outros artistas como Caetano Veloso e Chico Buarque, mas a cantora julga as reclamações desnecessárias. “Uma politização imposta fica mentirosa e parece oportunismo”, disse ao analisar ser “difícil acompanhar a política em qualquer tempo”.
Durante o programa, a artista ainda revelou que publicará uma autobiografia. “Estou fazendo a minha biografia há uns 10 ou 15 anos”, disse. O livro, informou Vanderleia, deve sair pela editora Record. “Vou precisar de um editor porque são capítulos soltos, uma situação dos anos 1970 e outras coisas. Tive uma vida pessoal com situações muito difíceis”, citou sem dar exemplos.
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