Padre Juarez rejeita a fama: "se quisesse ser cantor, me inscreveria no The Voice"

  • Por Jovem Pan
  • 22/12/2015 12h10
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Jovem Pan

Padre Juarez faz parte da geração de clérigos que conversa diretamente com a nova geração. Extremamente carismático, ele esteve no Morning Show desta terça-feira (22). Antenado com as redes sociais – “há uma recomendação para que usemos muito”-, ele ainda integra o grupo dos “Padres Cantantes”, seu álbum alcançou até um disco de ouro.

“Falei que o nome é ridículo”, disse, entre risos. Mas a verdade é que, agora, os padres que se arriscam em frente ao microfone têm um grupo organizado. “Não havia nada oficial, antes”, afirmou.

Padre Juarez explica que a Igreja sempre foi bastante conectada com os meios de comunicação, menos com a televisão, que, segundo ele, enfrenteou “um pé atrás”. Mesmo assim, o movimento para ele é normal: “Jesus seria o maior twitteiro”, previu.

A “classe” de cantores de batina, no entanto, tem de tomar alguns cuidados especiais. Juarez faz uma analogia: “senão fica que nem tambor, faz barulho, mas é vazio dentro”. Para ele, o conteúdo tem que vir em primeiro lugar: “se eu quisesse ser cantor, ia me inscrever no ‘The Voice'”.

A fama é uma consequência do trabalho e também tem de ser tratada com cuidado. “É só descer do pedestal”, resume.

Papa Francisco e normas da Igreja

Tido como um dos papas mais carismáticos dos últimos tempos, Francisco ganhou admiradores por sua postura mais liberal e acessível e padre Juarez engrossa o coro, mas faz uma ressalva: “a Igreja sempre teve tolerância, nunca excluiu ninguém por ser divorciado ou homossexual”.

Para ele, as posturas segregatórias podem ter origem dos próprios padres: “e isso macula a imagem da Igreja”.

Juarez também reforçou que a norma do celibato pode ser mudada: “não é fundamentada em religião”.

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