Para Marcelo Bonfá, pessoas como Renato Russo fazem falta no Brasil de hoje
A Legião Urbana sempre teve uma veia política muito forte e Renato Russo sempre procurou mostrar a sua insatisfação com os governantes brasileiros, como em “Que País é Esse?” e “Perfeição”. Com quase 21 anos de sua morte, as letras criadas por Renato parecem casar perfeitamente com o atual momento que o país passa. Essa personalidade faz falta para o Brasil de hoje, segundo Marcelo Bonfá, que participou do Morning Show desta sexta-feira (9).
Para ele, Russo teria uma grande voz na sociedade caso estivesse vivo, principalmente com a liberdade que a internet concede às pessoas hoje em dia.
“Ele seria ouvido. Faz falta gente como o Renato. Ácido, perspicaz e forte. Hoje todo mundo tem uma voz. Sinto falta de pessoas que se colocam. São tantas frustrações nesses dias”, opinou.
O ex-baterista da Legião Urbana resolveu reunir as suas paixões por música e cachaça no álbum “Músicas de Alambique”, lançado em novembro do último ano. O músico disse que se inspirou na vida rural que leva em sua fazenda, onde produz a cachaça “Perfeição”.
“Essa história de juntar os universos urbano e rural são o “Músicas de Alambique”. Queria me enveredar em um universo novo de músicas. Comecei a fazer uma pesquisa sobre essas músicas rurais e cheguei ao hino da cachaça da Inezita Barroso, por exemplo. A coisa foi crescendo e ficou algo mais eclético”, explicou.
Além do sucesso na música, Bonfá agora busca crescer o seu negócio com bebidas destiladas com a cachaça “Perfeição”, título de um dos grandes hinos da Legião urbana. Produzindo cerca de 4 mil litros por ano, o cantor destaca o alto grau de qualidade da bebida.
“Sou um caipira de Itapira. Nessas andanças com a Legião eu fui procurando caminhos, tenho uma ligação com a natureza. Tenho uma fazenda na Serra da Mantiqueira e fiquei afim de fazer uma plantação. Tinha um pequeno canavial e provei uma cachaça, com aquele tipo de cana. Fiquei fascinado pela qualidade e resolvi me enveredar nesse negócio”, contou. São quatro mil litros por ano, é uma pequena produção”, acrescentou.
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