"A política brasileira será ocupada por alguém fora de cena", aponta Augusto Nunes

  • Por Jovem Pan
  • 10/08/2016 11h36
Johnny Drum/Jovem Pan

A Lava-Jato fez um grande estrago no esquema de corrupção que tomou conta do Brasil nos últimos anos e o âncora do Roda Viva, Augusto Nunes, acredita que todos os políticos envolvidos direta e indiretamente aos escândalos recentes, não voltarão a se eleger nas eleições que estão por vir. Em entrevista o Jovem Pan Morning Show desta quarta-feira (10), o jornalista afirmou que a política brasileira será ocupada por alguém que ainda não está em cena por conta do espaço de “gerações que serão aposentadas”.

“Gerações de políticos, hoje protagonistas, serão aposentadas. Todos sairão chamuscados. Quando não era diretamente, estavam em companhia de culpados, achando que brasileiros não prestam atenção em corrupção. Tem limite para roubalheira. Acho que será difícil qualquer político que tem sujeira pode debaixo do tapete ser eleito”, comentou.

“A política será ocupada por alguém que ainda não está em cena. Não teremos Jucá, Temer e a Dilma já é coisa do passado. O Brasil vive um fenômeno maluco, aqui você tem eleitores procurando partidos e políticos, no mundo é o contrário”, completou o pensamento.

O apresentador acredita que esse período em que o Partido dos Trabalhadores (PT) passou no poder será visto como um dos mais estranhos da história do Brasil. Foram 13 anos desviando fundos de estatais, o que ele considera como o “maior esquema de corrupção de todos os tempos”.

“Esse período vai ser contado como um dos mais estranhos do Brasil. Deu certo por 13 anos e montou um esquema de corrupção que manteve um partido no poder, desviando dinheiro de estatais. A Lava-Jato já estava em funcionamento quando essas coisas rolavam. Foi montado o maior esquema de corrupção de todos os tempos. O da FIFA que funcionou por 20 anos chegou até 150 milhões de dólares. O da Petrobrás já desviou 8 bilhões”, ressaltou.

Sobre as chances do ex-presidente Lula voltar ao poder em 2018, Augusto Nunes não acredita que isso possa voltar a acontecer. Para ele, é impossível um candidato sobreviver à uma campanha o tempo inteiro na defensiva. O comunicador enfatizou que o petista perdeu a chance de entrar para a história por ter sido corrompido pelo sistema.

“[Lula] Um homem que perdeu a maior chance de entrar na história pela porta da frente, pelo passado dele e pela possibilidade de transformação do país. Imagine se ele quisesse fazer a reforma política e a reforma da previdência? Ele entrou no sistema dos 300 picaretas. Um exemplo é a aproximação do Collor e do Lula. Quem chegou perto foi o Lula, o Collor só ofereceu uma aliança oportunista”, apontou.

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