Caiado explica decreto em Goiás: ‘Não é lockdown, é quarentena’

Em entrevista ao Morning Show, governador disse que rodízio na reabertura do comércio vai diminuir taxa de infecções pelo novo coronavírus

  • Por Jovem Pan
  • 30/06/2020 11h54 - Atualizado em 01/07/2020 08h08
Divulgação/Governo de Goiás O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, participou do Morning Show nesta terça-feira (30)

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), afirmou, em entrevista ao Morning Show, que o decreto assinado nesta terça-feira (30) não impõe um bloqueio total no Estado. “Não é lockdown, é uma quarentena”, disse.

A lei prevê um revezamento na atividade econômica no Estado para conter o avanço da Covid-19. Estabelecimentos comerciais não-essenciais deverão ficar fechados por 14 dias consecutivos, e depois poderão reabrir pelos 14 dias seguintes. Farmácias, supermercados, agências bancárias e outros serviços essenciais não entram no rodízio.

Segundo o governador, a medida foi embasada por estudos técnicos e visa diminuir a ocupação dos hospitais. “Sabemos que teremos uma situação que vai oscilar um pouco e não sobrecarregar em um momento apenas a oferta de leitos”, explicou. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, Goiás tem 24.271 casos de Covid-19 e 475 óbitos. Dos leitos de UTI destinados aos pacientes com coronavírus, 68% estão ocupados. Nas enfermarias, a taxa de ocupação é de 68,67%.

A intenção de Caiado é voltar a aumentar o isolamento social no Estado. No início da quarentena, em março, a taxa era de 66%. Agora, é de 35%. “Se eu conseguir chegar a 55%, 50%, já diminuo esse percentual de contaminados e a minha estrutura hospitalar suporta”, disse. “Minha preocupação é ter suporte hospitalar.”

Além do rodízio na abertura do comércio, o governo estadual também pretender rastrear as pessoas infectadas pelo novo coronavírus para evitar a disseminação do vírus. “Estamos implantando um rastreamento de todas as pessoas contaminadas para que elas fiquem sob controle de assistentes sociais e agentes de saúde”, afirmou. “Tudo isso faz parte de um protocolo de uma virose que vai ter um período, temos que entender como vamos conviver com essa situação”, reconheceu Caiado.

Segundo o governante, a população de Goiás apoia as medidas. “A ampla maioria da população tem consciência do trabalho que estamos fazendo”, afirmou Ronaldo Caiado. “A qualquer decisão teremos críticas, mas tenho a consciência tranquila, estamos fazendo o que é certo.”

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