Sam Alves diz que "The Voice" serve apenas como vitrine: “tem que ralar”
Vencer o “The Voice” ou qualquer outro reality show musical não é garantia de sucesso. Essa é a afirmação de Sam Alves, campeão da edição 2013 do programa liderado por Claudia Leitte, Lulu Santos e Carlinhos Brown. Com um mercado forte na vertente do funk e sertanejo, o músico afirmou, no Jovem Pan Morning Show desta sexta-feira (21), que é importante ralar e abrir as portas certas para chegar ao sucesso.
“Eu diria que o mercado brasileiro é forte no sertanejo e no funk. Esses programas de reality focam mais no pop. Não dá para apontar a razão pelo sumiço (dos participantes). Ganhar o programa serve como vitrine, mas depois daquilo você tem que ralar e escolher as pessoas certas para trabalhar. Tenho que agradecer a gravadora, produtores e empresários que me ajudaram”, explicou.
Lançando o álbum “Vejo Só Você”, o terceiro de sua carreira, Sam garante que os fãs contarão com uma pegada mais pop e ousada em suas letras, fincando os pés no estilo que quer representar aqui no Brasil.
“É uma pegada bem mais pop e ousada. O pessoal que me conhece é por fazer música romântica e balada. É uma pegada que quero representar, essa pegada americana pop, mas cantando na língua portuguesa”, comentou.
Criado nos Estados Unidos, o cantor ficou famoso por ter participado das audições às cegas da versão norte-americana do “The Voice”, sendo muito elogiado por Shakira, mesmo que nenhum jurado o tenha escolhido. Meses depois, ele viria a fazer um sucesso estrondoso na versão brasileira, mesmo acreditando que seria rejeitado por não ter raízes no país.
“Vim para o Brasil achando que ninguém votaria em mim por eu não ter morado aqui e ter cantado músicas gringas. Nunca achei que fosse ganhar por conta disso. Acabou que a galera abraçou e disse que representei o Brasil nos EUA”, disse.
Com cada vez menos talentos naturais surgindo no cenário musical, Sam Alves destaca sua experiência nos Estados Unidos, onde toda escola insere os alunos na música durante a sua formação cultural. O artista ressalta que essa ação pode ajudar a desenvolver alguma estrela no futuro e aponta o caminho para o governo brasileiro.
“Com certeza, o dom vem de Deus, mas o talento de trabalhar com música é oportunidade. A educação tem que focar no aluno e ter música fazendo parte da escola. Nos EUA já dão instrumentos para nós. Eles ensinam na cultura a ter música, até chegar na faculdade. Fiz medicina três anos e ainda precisei fazer aula de música”, concluiu.
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