“Sigilo faz parte da identidade suíça”, diz Jamil Chade
Autor do polêmico livro “Política, Propina e Futebol”, Jamil Chade expôs no trabalho casos de corrupção e os submundos, até então desconhecidos da Fifa e da CBF.
“É um resultado de 15 anos de acompanhamento e quanto mais você acompanha como se organiza o futebol, mas você vê que é uma mentira. Nós temos o sentimento legítimo de torcer, mas também temos o direito de entender como funcionam as coisas”, contou em entrevista ao Morning Show nesta quarta-feira (10).
Com um assunto atrelado ao outro, seria impossível não falar também sobre política e os frequentes escândalos com fraudes dentro e fora do país, nos chamados paraísos fiscais.
“A Suíça, por exemplo, é montada, eu diria, numa cumplicidade da corrupção mundial. A ‘Lavajato’ hoje existe e tem uma colaboração deles também, mas é muito complicado fazer investigação por lá, o sigilo faz parte da identidade suíça”, considerou.
Cobertura
Com a complicada fase do jornalismo, Jamil é positivo e acredita que a transição é passageira e deve dar espaço a uma nova maneira de se comunicar.
“O que eu acho que está acontecendo não é só no Brasil, mas em toda a imprensa internacional. Eu não acredito que a profissão vai desaparecer, mas vai se transformar de uma forma radical, notícia apurada e traduzida vai ser sempre necessária, vão sobreviver os meios de comunicação que terão a capacidade de entender isso”, completou.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.