Sono e obesidade: endocrinologista afirma que é "importante estabelecer rotina"
O endocrinologista Filippo Pedrinola participou nesta segunda-feira (07) do programa Morning Show e falou sobre a relação entre o pouco sono e a obesidade entre as crianças. Segundo ele, é necessário estabelecer uma rotina para administrar o sono das crianças.
O sono é composto por quatro fases. A inicial, uma fase intermediária, a terceira mais profunda e o REM. “Durante a fase do sonho que é refeita toda a bioquímica celular”, explica.
Segundo estudos, a privação do sono pode comprometer a saúde, pois é durante o sono que são produzidos alguns hormônios que desempenham papéis vitais no funcionamento do nosso organismo. O GH, hormônio do crescimento, é um deles, que tem seu pico de produção durante a primeira fase do sono profundo. “Por isso falam: ‘tem que dormir para crescer'”, brinca Pedrinola.
Hormônio capaz de controlar a sensação de saciedade, a leptina também é secretada durante o sono, por isso que pessoas que permanecem acordadas por períodos superiores ao recomendado produzem menores quantidades deste hormônio. Como resultado, o corpo tem uma maior necessidade de ingerir mais carboidratos, o que influencia, diretamente, na obesidade, tanto de crianças quanto de adultos.
Quantidade ideal de sono
O endocrinologista afirma que esta é uma necessidade individual e cita que existem pessoas que dormem cerca de quatro horas e que acordam se sentindo bem. O ideal é que as quatro fases do sono sejam repetidas cerca de cinco vezes. “Se cada uma demora 90 minutos, aproximadamente, as pessoas [adultas]precisam de cerca de 7h30 de sono”, diz. Já a quantidade de sono para as crianças pode variar e chegar até 11h, uma vez que, até os cinco anos de idade a criança ainda faz períodos de “soninho” durante a tarde também.
“Cada um vai encontrar seu ritmo. O importante é a pessoa acordar e se
sentir refeita”, ressalta. Pedrinola diz ainda que a falta de sono prejudica na formação da criança e pode colaborar com a obesidade. “É um comer edônico, de recompensa. A criança vai aumentar a ingestão, não por fome”, explica. “Crianças que se tornam obesas sofrerão mais na vida adulta”, finaliza.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.