"Sou ator, não comediante. Estou aprendendo", diz Danton Mello
Danton Mello lança o filme Superpai, que tem estreia nacional nesta quinta-feira (26). Ele faz Diogo, um pai que vai à uma reunião de 20 anos de formado com os amigos da juventude e leva o filho pequeno junto. Na volta, percebe que trouxe a criança errada. “Foi emocionante trabalhar com duas crianças, eu me vi neles”, diz ele, que começou sua carreira ainda pequeno. “Eles tiveram uma preparação. Eu não tive nada disso. Na nossa época era ‘decora e faz’, hoje tem todo um cuidado”, compara.
Ele conta que gostaria de ser um superpai para as filhas, e que sente falta delas, que hoje vivem na Califórnia com a mãe. “Acho que Diogo é um pai moderno. Falo por experiência própria. Hoje o homem tem que dividir essa função com a mãe. Quando as minhas filhas ficavam doentes e iam para a minha casa, eu não sabia quantas gotas de remédio dar, a gente é mueio desligado”, argumentou.
Danton diz que não se enquadra em nenhum grupo de atores que costuma existir no teatro ou no cinema. “Existe essa coisa de patota, mas eu faço um pouco de tudo, trabalho com todo mundo, eu quero é trabalhar com todo mundo, diz.
Sobre o programa Tá no ar, ele diz que é muito feliz trabalhando ao lado de talentos como Marcelo Adnet. “Foi uma feliz coincidência. Nunca pensei a minha carreira, nunca quis ir para este lado. Eu não sou comediante, sou ator. Estou aprendendo”, reflete ele.
Ele brinca com o fato de muitas pessoas o confundirem com o irmão Selton Mello. Ele explica que os nomes dos dois surgiram da mistura dos nomes dos pais, Dalton e Selva. “Eu nasci ‘Dánton’, mas eu fazia muita bagunça e minha mãe brigava comigo falando ‘Dantón!!’. Então ficou ‘Dantón'”, esclarece ele sobre a pronúncia do nome. “Mas me chamam de Dalton, Dánton, Selton, eu atendo todos os nomes”, diz ele, entre risadas.
Daqui a algumas semanas Danton já começa as gravações da novela I Love Paraisópolis. “Vou fazer par com a Tatá [Werneck]. Ela é uma figuraça, uma grande comediante, doidinha. Louca de Pedra”, brinca ele.
Ele também relembrou o acidente de helicóptero que sofreu em 1998 quando participava da gravação do programa Globo Ecologia. “Eu estava lá olhando aquele lugar lindo e tava pensando “que lindo”, e pof, acordei depois”, descreve. Segundo ele, a aeronave estava a poucos metros de altitude, mas que quando caiu virou um liquidificador gigante. Ele ficou gravemente ferido e um colega de trabalho morreu. “Reforçou um pensamento que eu já tinha, que era de curtir a vida, porque a gente não sabe o dia de amanhã”, explica.
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