“Sou ator porque gosto de desaparecer”, brinca Dan Stulbach

  • Por Jovem Pan
  • 26/02/2016 12h12
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Bruna Piva / Jovem Pan <p>Ator participou do programa nesta sexta-feira (26)</p>

Multifacetado, Dan Stulbach já se acostumou a transitar com excelência por todos os campos da arte e comunicação, desde interpretar peças e novelas, até à frente de programas, como foi o caso de sua passagem pelo “CQC”, em 2015.

“Tive contrato com a Globo por tempo determinado e depois por obra, para exatamente poder escolher os trabalhos que eu quisesse participar. Quando surgiu o convite do CQC, achei que era bacana, um risco, um aprendizado e foi. Nunca tinha pisado em outra emissora, era tudo diferente, outro público, abordar outros tipos de assunto, eu adorei fazer”, contou em entrevista ao Morning Show nesta sexta-feira (26).

Agora com o mercado de dramaturgia mais fortalecido, muitos atores têm tido a chance de vislumbrar trabalhos em outras emissoras, podendo mudar sem climão ou grandes manobras contratuais, como foi o caso dele.

“Vejo como uma coisa maravilhosa, eu gosto. Não curtia o vínculo fixo. Ter a liberdade de poder escolher o que eu faço, é um enorme ganho. É importante que as TVs a cabo tenham crescido tanto, que a internet tenha crescido tanto, abrir uma gama de possibilidades é tudo o que eu quero como artista”, ressaltou.

Mas nem sempre as coisas foram fáceis, ainda no início da carreira ele sofreu para conseguir se estabilizar e convencer os pais de que a profissão teria futuro. “Eu tive muito problema com a minha família por ter escolhido ser ator, quando a coisa começou a dar mais certo, é que mudou. Eu me incomodo em fazer algo muito pessoal ainda, falo pouco de mim. Tem gente que é ator porque gosta de aparecer, eu sou porque gosto de desaparecer”, brincou.

Projetos futuros

Em cartaz com a peça “Morte Acidental de um Anarquista”, o ator contou ser uma das vertentes que mais gosta de atuar, não só pela liberdade, mas também pela interação com o público.

“É baseado em fatos reais, em um dia de 69, aí Dario Fó criou um louco que é viciado em interpretar as pessoas que ele encontra, vai assumindo essas personalidades. Graças à peça se reabriram as investigações do caso de atentado daquele ano. Eu adoro a relação com a plateia que está lá, eu acredito no teatro, ele tem um poder, se é bom, você jamais esquece aquela experiência. É diferente”, derreteu-se.

Já questionado se toparia assumir a vaga de Jô Soares, após a TV Globo anunciar o fim do talk show, ele não titubeou: “Substituiria, adoraria fazer!”.

Na próxima semana o ator também iniciará as gravações para o filme adaptado do romance de Augusto Cury, “Vendedor de Sonhos”, com direção de Jayme Monjardim e que terá cenas gravadas em São Paulo e no Rio.

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