Tarefa ingrata de Xuxa a elogios ao filho: o que Boni pensa sobre personalidades da TV
Especialista na arte de comunicar, Boni, hoje aos 80 anos, não tem o menor pudor em dividir parte de seus conhecimentos e é muito lúcido ao analisar até mesmo a presença das novas mídias na comunicação.
“Sou fã de todas as pessoas que querem fazer uma televisão melhor”, ressalta ele, que convidado do Morning Show desta sexta-feira (18), não se intimidou em dar seus pitacos sobre os nomes e programas atuais nas telinhas.
Filho, Boninho: “Ele é o melhor da área de entretenimento da Globo hoje, é muito profissional em todos os detalhes, um ser detalhista, de vez em quando dou uns puxõezinhos de orelha, mas não dou conselho, ele sabe o que faz, pega qualquer burro de carga”, brincou.
William Bonner no Jornal Nacional: “Acho que quando você se torna muito informal, deixa de ser institucional, e um jornal que vai naquele horário, não é igual a um que vai a tarde. Aquele ali é o diário oficial, depois da internet e da pluralização, quando chega aquele horário, tudo que tinha de ser dito já se esgotou ao longo do dia, as pessoas ligam para saber se aquilo realmente aconteceu”.
Chico Anysio: “Gênio total! Acho que foi a pessoa mais completa que já passou na TV brasileira, autor, diretor, comediante, comentarista de futebol e, acima de tudo, uma pessoa uma visão total de TV”.
Jô Soares: “É uma pessoa extraordinária. Primeiro que ele é um grande comediante, tenho pena que ele tenha deixado de fazer, porque criou tipos extraordinários. Tem um humor inteligente, fino, é um bom entrevistador, acho que todas as pessoas que conviveram com ele, têm paixão”.
Hebe: “Extraordinária! Exatamente pela personalidade, ela dizia o que gostava dizer, pela dificuldade de controlar a Hebe, ela nunca foi para a TV Globo. Era muito minha amiga, tinha muito carinho, sempre conversávamos. Era mais fácil controlar Dercy Gonçalves do que Hebe Camargo”.
Chacrinha: “Vamos fazer um filme sobre ele. Eu acho que se ele estivesse aparecendo hoje pode ser que não durasse, mas seria sensacional, acho que causaria o mesmo impacto”.
“Tá no Ar”, de Marcelo Adnet: “Ele tem um talento muito grande, mas o programa se faz com muitos escritores, e o humor quando está brincando, sacaneando, ele tem um valor muito grande, mas quando ele faz só com a televisão, é pobre, vira uma piada interna, 90% ninguém entende”.
Homossexualidade na dramaturgia: “Sou a favor de história de tudo aquilo que existe na realidade, sou a favor. Se tem amor, se tem bandido, se tem bicha. Você não pode exagerar em nada, se você errar na dosagem, aí sai da realidade. Quando você prepara a audiência pra discutir esse assunto, ela recebe muito bem, mas quando usa pra chocar, provocar, eles reagem contra porque sabem que estão sendo usadas. Elas precisam ser preparadas pra isso”.
Xuxa: “Ela é uma pessoa extraordinária, mas ela pegou uma tarefa impossível de resolver, ela tinha dificuldade de resolver a audiência que tinha um lastro, saindo de 5, para a Record que não tem lastro nenhum, para sair de 0, acho que ela tem uma tarefa ingrata”.
Monica Iozzi no “Vídeo show”: “Se você olhar a audiência vê que não teve alteração nem com a entrada, nem com a saída. Pode influir, mas é preciso saber quem é que está assistindo neste horário, talvez a Globo não tenha identificado. Só é preciso identificar se o programa é adequado, às vezes um programa ruim é melhor do que um programa bom, se ele estiver certo para aquele público”.
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