“Temos que deixar o ambiente protegido”, alerta Dr. Pet sobre épocas de festas para os animais
Em época de férias e viagens, uma das maiores preocupações das famílias que têm bichinhos de estimação é de onde deixa-los com segurança enquanto estiverem fora.
Alexandre Rossi, carinhosamente conhecido como Dr. Pet, é especialista em comportamento animal e revela quais as maneiras de não prejudicar a rotina dos bichinhos.
“As pessoas se apegam bastante e eles também a elas e se não tiver um preparo, se não forem equilibrados, é um momento em que eles vão sofrer, não só por conta da separação, mas também pelos fogos, porque muitos cachorros ficam assustados nessa época”, contou em entrevista ao Morning Show nesta quinta-feira (24).
Nas últimas semanas circulou uma dica nas redes sociais indicando que os donos colocassem bandagens em todo o corpo do animal, porque essa técnica amenizaria os efeitos dos sustos com os barulhos.
“Existe uma teoria por trás, o cachorro se sente melhor em uma toquinha, quando está com medo e ter algo apertando ele pode sim deixa-lo mais calmo, porque quando o corpo dele está se encostando em várias superfícies, isso significa para o cérebro de que ele está em um ambiente seguro, por isso que ele vai para debaixo da cama, entra dentro de armário. Mas tem pessoas que estão colocando em cachorros que nem estão habituados a usar roupa, aí o bichinho trava, o ideal é ir acostumando aos poucos”.
Além disso, há quem aposte também em medicar os bichinhos com calmantes, o Dr. Pet contou que a sugestão é válida, mas é essencial ter o acompanhamento de um profissional.
“Pode sim, não é uma má ideia, pelo contrário. Não só a gente tem que evitar que o cachorro se machuque ou que faça alguma coisa, porque alguns são capazes de pular janelas, cair na piscina, o desespero é complicado e aí o bem estar fica comprometido. Existem remédios, são, na verdade, os mesmos que a gente usa e que podem ter um efeito ansiolítico muito bom. Mas tem que se testar com ajuda de um veterinário, porque muitos podem dar efeito paradoxal, que é contrário, aí em vez de ele ficar calmo, pode ficar superagitado, enlouquecido. Então, independente de se dar remédio ou não, temos que cuidar para que o ambiente esteja mais protegido e se testar para saber qual a dose e o remédio adequado para cada um”, alertou.
Mesmo com as diferenças de adaptabilidade entre cães e gatos, Alexandre garante que ter um local adequado ou uma pessoa de confiança para manter contato com os bichinhos é importante.
“Normalmente os gatos conseguem ficar mais tempo numa boa, até na alimentação, do que os cachorros, mas eu não acho bacana mais do que um dia sem supervisão”, completou.
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